DESPERDÍCIO – ÁGUA: "SABENDO USAR, NÃO VAI FALTAR?"
Queridos alunos, esta semana vamos conversar sobre um tema bastante importante: a água. Para que nossa conversa seja produtiva, por favor, leiam os textos abaixo e retirem as ideias principais para que possamos discutir em sala.
Então vamos lá...
Nós, humanos, podemos passar cerca de 28 dias sem nos alimentarmos, mas não sobreviveremos a 3 dias inteiros (72 horas) sem que consumamos água. Nesse período, nosso corpo perderá treze litros de água, o que significa desidratação e, posteriormente, morte.
Os habitantes do mundo dito “civilizado” continuam gastando água como se ela fosse um bem disponível para sempre: banhos longuíssimos, torneiras abertas para escovação dos dentes, descargas, louças que se conjugam a torneiras abertas inutilmente.
A água não é um bem disponível para sempre e nossas calçadas e carros não deveriam receber centenas de litros de água tratada de graça, enquanto pelo menos 10 milhões de pessoas morrem diariamente no mundo em decorrência de doenças provenientes da água de que dispõem para beber. O velho ditado, o lugar-comum “Sabendo usar, não vai faltar” de que nossos familiares se utilizavam no passado recente é uma verdade; mas a humanidade deveria começar ontem, já, agora. Ou os próximos habitantes do planeta terão água, mas não poderão dispor dela para beber porque foi desperdiçada, poluída e já não serve para ser consumida.
Texto 1
Desperdício de água
Já diziam nossas avós que sabendo usar, não vai faltar. O velho ditado é cada dia mais atual, assim como a necessidade de utilizar com sabedoria o que temos. A água é um recurso limitado, e o seu desperdício tem consequências. Cada setor da economia, cada fatia da sociedade, tem sua parcela de responsabilidade nessa
história.
À semelhança da maioria dos países, no Brasil, a agricultura é quem mais consome água – quase 63% do que é captado vai para a irrigação. O uso doméstico é responsável por 18% do consumo, a indústria fica com 14%. Os 5% restantes são usados para matar a sede dos animais de criação. Todos esses consumidores tendem a usar a água de modo abusivo. E não é a qualidade de vida que exige isso. Com um bom planejamento, é possível gerar empregos e movimentar a economia mesmo com pequenas quantidades do recurso. Afinal, para que sejam criados 100 mil empregos em alta tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos, são necessários 946 milhões de litros de água por ano. Este mesmo volume criaria apenas 10 empregos na agricultura californiana.
Roça perdulária
A irrigação é vital para a agricultura na maior parte do planeta e em certas regiões do Brasil. Cerca de 18% das áreas cultivadas globalmente são irrigadas. Contudo, como elas costumam produzir mais de uma colheita por ano, sua participação na produção mundial de alimentos é proporcionalmente maior – até 40%. No Brasil, há 3 milhões de hectares irrigados – é relativamente pouco, dada a área plantada no país, em parte pelos custos envolvidos, em parte porque esta prática só se definiu aqui a partir de 1970. Dependendo da região onde é praticada, a irrigação pode adotar modelos bastante diferentes. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ela é mais comum em arrozais e plantações de grãos: tem crescido particularmente na cultura de soja do Centro-Oeste. No Nordeste, é praticada com pesado investimento governamental, visando ao desenvolvimento regional, e está concentrado na fruticultura.
Para enfrentar o desperdício, é necessário ampliar a eficiência da irrigação. Em geral, os agricultores promovem a inundação de seus campos ou constroem canais de água paralelos aos canteiros.
No Brasil, são comuns os sistemas de aspersão. Dentre eles, está o de pivô central, com uma haste aspersora que gira em torno de um eixo, molhando uma grande área circular. Em todos esses casos, as plantas só recebem uma parte pequena da água. O resto evapora ou/e corre para corpos-d'água próximos. Muitas vezes, isso acaba promovendo erosão, salinização da água ou sua contaminação com agroquímicos.
Técnicas mais eficientes podem reduzir em até 50% a água necessária. Uma das principais é o sistema de gotejamento – um duto passa ao longo das raízes das plantas, pingando apenas a água necessária.
Produzir tomates com os sistemas de irrigação tradicionais exige 40% mais água que nos sistemas de gotejamento.
Fábricas com sede
As indústrias utilizam a água de diversas maneiras: no resfriamento e na lavagem de seus equipamentos, como solvente ou, ainda, na diluição de emissões poluentes. Em termos globais, a indústria é responsável por 22% de toda a água doce consumida. Essa porcentagem é muito maior em países ricos – 59% – e bem menor nos países pobres – apenas 8%. Alguns setores são especialmente perdulários nesse quesito. Um bom exemplo é o aço. Antes da Segunda Guerra Mundial, eram necessárias entre 60 e 100 toneladas de água para produzir uma tonelada do metal. Hoje, com as novas tecnologias, é possível reduzir esse volume a menos de 6 toneladas de água. Entretanto, o consumo ainda é alto quando o comparamos com o de outros setores: a produção de uma tonelada de alumínio gasta apenas 1,5 tonelada de água. Por outro lado, indústrias de muitos países estão conseguindo usar a água com mais eficiência. O Japão é exemplo. Em 1965, o país utilizava cerca de 49 milhões de litros para produzir 1 milhão de dólares em mercadorias. Em 1989, o volume necessário para o mesmo desempenho caiu para 13 milhões de litros.
No Brasil, a maior parte das grandes indústrias tem programas de reaproveitamento de água, uma vez que ela se torna cada vez mais rara e cara. É o caso da indústria de bebidas Ambev, que conseguiu reduzir o volume captado por suas fábricas em 9 milhões de metros cúbicos anuais.
Lar do desperdício
De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e carros com mangueiras.
O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30 litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Umas das mais econômicas consiste numa caixa-d'água com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitário. Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costumam ter um altíssimo nível de consumo.
O ideal é substituí-las por outros modelos.
O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor – doméstico, industrial ou agrícola – não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.
Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em inúmeros países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abastecer a cidade de Roma tranquilamente.
Curiosidade:
Água necessária para se produzir 1 kg de alimento:
Água necessária para produzir 1 kg de alimentos
Produto Volume (litros)
Carne 15.000
Frango 6.000
Cereais 1.500
Frutas cítricas 1.000
Raízes e tubérculos 1.000
Tecnologia econômica
Inúmeros equipamentos permitem economizar água em casa ou no escritório, embora nem todos estejam disponíveis no Brasil. Um dia você ainda terá um deles.
Desligamento automático: existem vários modelos de torneiras para pias e chuveiros que liberam água por apenas 30 segundos, a menos que sejam tocados novamente. Elas são especialmente comuns em clubes e shopping centers, onde o consumo é maior.
Banheiro de avião: os vasos sanitários instalados em aviões, onde há pouco espaço de estocagem de água, são muito econômicos. Suas descargas usam um sistema de sucção a vácuo, capaz de economizar 80% de água em relação às tradicionais, embora tenha a desvantagem de precisar de eletricidade para a produção do vácuo.
Descarga de duas marchas: comuns na Europa, são vasos sanitários com dois tipos de descarga, que liberam volumes diferentes de água conforme a necessidade.
Feche a torneira: Todo consumidor de água pode ajudar a economizá-la, abandonando hábitos arraigados.
No banheiro:
• reduza o tempo de banho e economize pelo menos seis litros por minuto;
• encha a banheira só até a metade;
• feche a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes; você economizará de 10 a 20 litros por minuto;
• instale descargas de vaso sanitário de baixo consumo e aeradores nas torneiras (redinhas que se encaixam no bocal). Se a caixa-d'água for acoplada ao vaso, coloque dentro dela uma garrafa plástica cheia d'água e tampada, para diminuir o volume gasto;
• não jogue lixo no vaso;
• não dispare a descarga desnecessariamente;
• não use a mangueira como vassoura – primeiro limpe o local e depois lave.
Na cozinha e na lavanderia:
compre modelos de máquinas de lavar roupas e louça que
consomem pouca água. Só ligue os equipamentos quando estiverem cheios. Prefira usar o ciclo mais curto;
• instale aeradores nas torneiras, que diminuem o volume consumido, porém não a sua eficácia.
No lazer:
• lave o carro ou o quintal com balde, não com mangueira. Se quiser, use dois baldes, um com água e sabão, outro com água limpa.
Por toda a parte:
• feche bem as torneiras. Uma torneira que goteja lentamente perde cerca de 50 litros por dia;
• chame um encanador para que ele elimine todos os vazamentos da casa.
Laura Aguiar, Regina Schart, Marcelo Cipis e Luiz Fernando Martini. Como cuidar da nossa água. Coleção Entenda e Aprenda. São paulo: BEI, 2003.
Texto 2
Ameaças à àgua
Escassez – O desenvolvimento desordenado das cidades, aliado à ocupação de áreas de mananciais e ao crescimento populacional, provoca o esgotamento das reservas naturais de água e obriga as populações a buscarem fontes de captação cada vez mais distantes. A escassez é resultado do consumo cada vez maior, do mau uso dos recursos naturais, do desmatamento, da poluição, do desperdício, da falta de políticas públicas que estimulem o uso sustentável, a participação da sociedade e a educação ambiental.
Desperdício – Resultado da má utilização da água e da falta de educação sanitária. O desconhecimento, a falta de orientação e informação aos cidadãos são os principais fatores que levam ao desperdício, que ocorre, na maioria das vezes, nos usos domésticos,ou seja, na nossa própria casa. Existem também as perdas decorrentes da deficiência técnica e administrativa dos serviços de abastecimento de água, provocadas, por exemplo, por vazamentos e rompimentos de redes. Essas perdas também se devem à falta de investimentos em programas de reutilização da água para fins industriais e comerciais, pois a água tratada, depois de utilizada, é devolvida aos rios sem tratamento, em forma de efluentes, esgotos e, portanto, poluída.
Estima-se que o desperdício de água no Brasil chegue a 70%. Onde gastamos nossa água?
Em casa – em média, 78% do consumo de água é gasto no
banheiro.
No banho: Um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos de no máximo cinco a quinze minutos economizam água e energia elétrica. Abra o chuveiro, molhe-se, feche-o, ensaboe-se e depois abra para enxaguar, ao invés de passar o tempo todo com o chuveiro ligado.
Na escovação dos dentes: Escovar os dentes com a torneira aberta gasta até 25 litros . Escove primeiro e depois abra a torneira apenas o necessário para encher um copo com a quantidade adequada para o enxágue.
Na descarga: Uma válvula de vaso sanitário no Brasil chega a consumir vinte litros de água tratada quando acionada uma única vez. Aperte apenas o tempo necessário e não jogue lixo no vaso.
Na torneira: Uma torneira aberta gasta de doze a vinte litros/
minuto. Pingando, 46 litros/dia.
Na lavagem de louças: Lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros . O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.
Na lavagem de carros: Com a mangueira aberta o tempo todo consome-se, em média, seiscentos litros; com balde, aproximadamente sessenta litros.
A Sabesp calcula que o Estado perde diariamente 40% da água tratada, o que representa cerca de 1,3 bilhão de litros/dia: daria para abastecer duas cidades do porte de Curitiba.
Fontes: Manual do Rio Tietê - Fundação SOS Mata Atlântica, Núcleo-Pró- -Tietê e 5 Elementos - Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental.
Má utilização – Uma das atividades que mais desperdiça água é a irrigação por canais ou por aspersão, em decorrência de métodos ultrapassados e ineficientes. O não reuso da água para
atividades industriais também é outro exemplo que mais se relaciona ao desperdício e à falta de políticas públicas eficientes de controle e gestão.
Desmatamento – Em áreas de mata ciliar – que protege as margens dos rios, lagos e nascentes – provoca sérios problemas de assoreamento dos corpos-d'água, carregamento de materiais e
resíduos que comprometem a qualidade das águas. Nas áreas de nascentes e cabeceiras, o desmatamento acarreta o progressivo desaparecimento do manancial.
Sem cobertura vegetal e proteção das raízes das árvores, as margens dos corpos-d'água desbarrancam, ocasionando o transbordamento, enchentes e o desvio do curso natural das águas.
Poluição – Durante séculos, o homem utilizou os rios como receptores dos esgotos das cidades e dos efluentes das indústrias que reúnem grande volume de produtos tóxicos e metais pesados.
Essa prática resultou na morte de enormes e importantes rios – no estado de São Paulo o maior exemplo é rio Tietê que corta o estado de leste a oeste, com 1.100 quilômetros de extensão, seguido dos rios Jundiaí, Piracicaba, Pinheiros e outros bastante degradados e castigados pela poluição. Além da poluição direta, por lançamento de esgotos, falta de sistemas de tratamento de efluentes e saneamento, há a chamada poluição difusa, que ocorre com o arrasto de lixo, resíduos e diversos tipos de materiais sólidos que são levados aos rios com a enxurrada. Ao "lavar a atmosfera", a chuva também traz poeira e gases aos corpos-d'água.
Nas zonas rurais, os maiores vilões da água são os agrotóxicos utilizados nas lavouras, seguidos do lixo que é jogado nas águas e margens de rios e lagos, além das atividades pecuárias como a suinocultura, esterqueiras e currais, construídos próximos aos corpos--d'água.
Há ainda os acidentes com transporte de cargas de resíduos perigosos e tóxicos, rompimento de adutoras de petróleo, óleo, de redes de esgoto e ligações clandestinas. Em algumas regiões, as fossas negras e os lixões podem contaminar os lençóis de água subterrânea.
• feche a torneira enquanto ensaboa a louça. Ela desperdiça de 10 a 20 litros por minutos; enquanto uma cuba cheia d'água não gasta mais do que 38 litros , no total;
A crise mundial da água e a desigualdade social
A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU – Organização das Nações Unidas – fica claro que controlar o uso da água significa deter poder.
As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais. Em regiões onde a situação de falta d'água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do continente africano, a média de consumo de água por pessoa é de dezenove metros cúbicos/dia, ou de dez a quinze litros/pessoa. Já em Nova York , há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia.
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.
Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso à água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (38% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água.
Doenças de veiculação hídrica
Transmitidas diretamente através da água, geralmente em regiões desprovidas de serviços de saneamento: cólera, febre tifoide, febre paratifoide, desinteria bacilar, amebíase ou desinteria amebiana, hepatite infecciosa, poliomielite.
Transmitidas indiretamente através da água: esquistossomose,
fluorose, malária, febre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infecções dos olhos, ouvidos, garganta e nariz.
Até o ano 2000, relatórios do Banco Mundial apontavam que seria necessário investir US$ 800 bilhões em tratamento e abastecimento de água para minimizar as desigualdades sociais e enfrentar a situação de falta de saneamento básico, como uma importante ferramenta de saúde pública.
Segundo Martin Gambril, representante do Banco Mundial, o valor econômico da água é fator fundamental na busca do desenvolvimento sustentável. "O caso do Rio Nilo, na África, é o exemplo mais evidente de que o valor da água não é só o econômico e sim uma questão de sobrevivência total. O governo do Egito já declarou ao governo da Etiópia, de onde vem mais de 80% da água do Rio Nilo, que se a Etiópia tirar mais uma gota desse rio, isso seria interpretado como uma declaração de guerra. É o extremo da crise e dos conflitos pelo uso da água".
A Agenda 21, elaborada durante a Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Eco-92, dedicou um capítulo especial à questão da água, onde preconiza o uso sustentável dos recursos hídricos, orientando todas as nações para a extrema necessidade de recuperar e garantir a qualidade das águas. Porém, passados quase dez anos, o mundo volta a discutir o mesmo tema, pois ainda assistimos à constante degradação dos rios, dos mananciais superficiais e subterrâneos e a padrões não sustentáveis de consumo de água.
<www.rededasaguas.org.br/quest/quest_05.asp>.
Texto 3
É grande o desperdício de água
Uma pesquisa realizada recentemente pela organização não governamental WWF Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), constatou o que todos nós estamos cansados de saber: é grande o desperdício de água no Brasil.
O levantamento verificou que são as residências que consomem mais água e que, na sua maioria, esses imóveis pertencem a famílias de maior nível social. Essa prática constitui-se na principal ameaça ao abastecimento no país. O coordenador da Agência Nacional de Águas (ANA), Antonio Félix Domingos, atribuiu o desperdício à ineficiência da administração das companhias estaduais e municipais de abastecimento e ao valor que é cobrado pelos serviços de manutenção. “A água no Brasil ainda é muito barata, por isso as classes mais favorecidas não valorizam. As próprias instituições desperdiçam 40% e esse gasto compromete a oferta em todo o mundo”, justifica Antonio Domingos. O desperdício por parte das classes média e alta desfavorece cada vez mais o consumo das pessoas de baixa renda. Os dados da pesquisa da WWF Brasil apontam que as famílias mais abastadas costumam lavar seus automóveis com a mangueira aberta e o tempo mínimo para finalizar o serviço chega a ser de, aproximadamente, meia hora. Uma torneira aberta costuma gastar cerca de 70 litros de água por minuto.
Cilene Figueiredo. Agência Brasil. http://agenciabrasil.ebc.com.br/
noticia/2008-06-06/desperdicio-ameaca-abastecimento-de-agua-nobrasil-aponta-pesquisa-wwf>. (Adapt.).
Fonte: Sistema Poliedro de Ensino. Disponível em: http://www.sistemapoliedro.com.br/redacao/2011/Tema%2009%20-%20EM%20-%20aluno.pdf
ESBOÇO DO TEXTO
a) tema:
b) problema (analisar o tema e identificar qual é o problema levantado):
c) exemplos do problema:
d) Causas do problema:
e) Consequências do problema ( cuidado para não confundir com o problema – observar o que o problema vai gerar de conseqüência para a sociedade):
f) Meta: que resultados quero alcançar ao eliminar o problema (ligado à causa)
g) Benefícios que os resultados podem trazer (ligado às conseqüências)
h) O que é que se faz para chegar a esse resultado? (proposta de intervenção- de ação social – não governamental- parte da sociedade civil)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
O equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água. Como a humanidade pode, e deve, enfrentar esse problema?
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