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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tema 1 para discussão: A busca pela beleza ideal e os impactos da vaidade em excesso

Olá galera!
Vamos começar nossa discussão com um tema bastante interessante. Leiam os textos abaixo, se possível, imprimam e tragam para a sala.
Seria interessante que vocês postassem seus comentários sobre o assunto.
beijocas
Profa. Eunicéa

Texto 1

A beleza feminina sempre foi pauta de discussão em diversas áreas e, fazendo um levantamento histórico, é interessante notar como o padrão de beleza mudou no decorrer do tempo.

Na era pré-histórica, mulheres com um quadril mais avantajado e com seios fartos eram as preferidas dos homens, pois essas formas mostravam que estas eram bem nutridas e capazes de gerar filhos saudáveis.

Avançando no tempo, vieram os gregos para os quais o belo era tudo o que equilibrava uma simetria e a proporção. No que tangia à beleza feminina não era diferente. Mulheres com corpos simétricos eram as mais disputadas e apreciadas.

Durante a idade média, onde a Igreja exercia uma enorme influência, as gordinhas voltaram a ser valorizadas: quanto mais saliente fosse a barriga da mulher, mais bonita esta era considerada. Até mesmo enchimentos para aumentar o volume da região eram utilizados. O ventre saliente estava relacionado, principalmente, ao processo de gestação.

No renascimento, o padrão de beleza e sensualidade continuou a ser basicamente o mesmo do período medieval: as gordinhas ainda eram as mulheres mais desejadas e valorizadas.


Ainda hoje estudiosos garantem que os homens se interessam instintivamente por mulheres que demonstrem a possibilidade de gerar filhos saudáveis e, assim, propagar seus genes.

Já no século XVII, a partir do Barroco, a forma ideal da beleza feminina foi demonstrada de formas mais frágeis: espartilhos afinando as cinturas passaram a ser amplamente utilizados. Até mesmo intervenções cirúrgicas eram efetuadas: a cirurgia plástica da época consistia na remoção da ultima costela afim de afinar a silueta da mulher.


No século passado, por volta dos anos 20, a emancipação feminina fez com que os espartilhos caíssem em desuso. As mulheres enrolavam faixas sobre a roupa para achatar os seios e os quadris. O ideal eram cinturas, seios e quadris parecidos nas medidas, retomando alguns princípios do padrão de beleza grego. Já nos anos 40, existia o estereotipo da “mulher macho”, uma mulher masculinizada devido, principalmente, à Segunda Guerra Mundial, que exigiu a força do trabalho feminino em atividades tradicionalmente masculinas. Nos anos 60, chega a “era da magreza” e dos traços de boneca. Estas passam a ser as características mais desejadas pelas mulheres e apreciadas pelos homens. Começa aqui o sonho de ser eternamente jovem. Os anos 80 é marcado pela aparição dos corpos musculosos. Mulheres malhadas poderiam enfrentar os homens no mercado de trabalho e defender-se da violência praticada contra elas. No final desta década, o ideal perseguido é o de um corpo saudável. As mulheres passam a esbanjar curvas, o que havia deixado de acontecer nos anos 90 e 2000, onde o padrão sugerido era o de aparência absolutamente magra. Nesta busca, a anorexia cresce entre as adolescentes, contudo as mulheres passam a desejar seios grandes que, com o advento dos implantes de silicone, passa a ser uma característica acessível.


Anos 20, 40, 60 e 80

Das mulheres cheinhas das obras de arte de artistas da época do Renascimento, até aos conceitos de beleza feminina atuais, vemos que os padrões de beleza sempre existiram e que estes foram sendo alterados à medida que as relações sociais, os estilos de vida e a tecnologia também mudavam.

Os estereótipos podem ser definidos, segundo o psicologo Marcos Emanoel Pereira, com “artefatos humanos socialmente construídos, transmitidos de geração em geração, não apenas através de contatos diretos entre os diversos agentes sociais, mas também criados e reforçados pelos meios de comunicação, que são capazes de alterar as impressões sobre os grupos em vários sentidos”.

Os estereótipos de beleza divulgados pela mídia interferem na auto-estima de todos, mas principalmente das representantes do sexo femino. O termo hiper-realidade, uma realidade mais real do que a nossa realidade, e por isso mais envolvente , abrange essa nova forma de controle. Nada é o que parece, mas nós acreditamos neste mundo ideal porque somos envolvidos por ele diariamente.



Exemplo mais claro do que as capas de revistas não há: qualquer revista especializada, por exemplo, em beleza ou moda, que estampar uma mulher na capa, não aceitará nada menos do que um corpo perfeito e uma pele de pêssego nesta mulher. Contudo isto não quer dizer que as publicações correspondem à realidade já que, com o advento da informática e dos programas de manipulação de imagem, qualquer modelo comum e fora dos padrões pode se tornar uma diva com apenas alguns clicks.

A publicidade estimula este estereotipo. É comum campanhas que utilizam-se de mulheres lindas com corpos esculturais. Podemos citar como exemplo as camapanhas hard-sell da Nissan e até mesmo a da cerveja Bem Devassa. A cantora Sandy não pode ser considerada um “mulherão”, mas não está fora do padrão contemporâneo de beleza.




A Unilever, utilizando-se da linha de produtos DOVE, lançou há algum tempo uma campanha que ia na contra-mão de todos estes valores denominada Real Beleza para mostrar “a beleza que está em cada um”. As produções lutavam contra os tão enraizados estereótipos apresentando mulheres consideradas normais ou mesmo feias segundo os padrões de beleza da sociedade. Em um tempo onde é crescente o número de produtos milagrosos anunciados em campanhas que, ditatorialmente, impõem padrões de beleza, a Dove com essa campanha propõe uma visão, digamos, democrática desta, onde todos podem se sentir bem como são. Em uma de suas propagandas, a empresa apresenta o processo de criação de uma campanha onde uma modelo é completamente modificada através de técnicas de maquilagem e de informática para se adequar ao padrão “modelo de capa de revista”. A propaganda foi pensada inicialmente como um viral e acabou por ser veiculada também na TV. Nos dois meios de comunicação está foi premiada. E com razão.

Texto 2



Pois é, acabei lendo uma matéria no jornal Estadão e eis que surge mais um rótulo para a vida moderna. Então, segundo vários filósofos e escritores neo hedonistas a humanidade está caminhando para uma vida hedonista. E o que seria isso?

Primeiro a definição de Hedonismo -É a tendência a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável.

Agora a matéria doEstadão:
Os novos hedonistas
Michel Onfray é um fenômeno editorial. Capaz de vender 200 mil exemplares de um livro de filosofia só na França, o jovem professor é visto por seus pares como um Paulo Coelho com doutorado em Nietzsche. Com 48 anos já publicou mais de 30 livros, entre eles Tratado de Ateologia, que a editora Martins Fontes coloca agora no mercado, fazendo crescer a lista de seus títulos brasileiros. Como Onfray, identificado como o filósofo do prazer, outros pensadores franceses têm embarcado na nave dionisíaca do hedonismo rumo à conquista do espaço ocupado no passado pelos gauchistes de Saint-Germain-des-Près. A civilização de Apolo chegou ao fim, decretam novos hedonistas como ele e Gilles Lipovetsky, que também lançou este mês seu livro A Sociedade da Decepção (Editora Manole) no Brasil. Lipovetsky e Onfray concederam entrevistas ao Estado e foram analisados em outro encontro com o jornal pelo sociólogo Michel Maffesoli, autor do também recém-lançado O Ritmo da Vida (Editora Record).
Lipovetsky, que cunhou o termo hipermodernidade para definir a sociedade contemporânea, marcada pela cultura do excesso, não vê nada de mal em incentivar o prazer e o consumo. Serviu até de consultor de grifes de moda, seu assunto preferido. A exemplo de Onfray, é um best-seller em seu país com livros como A Era do Vazio e O Império do Efêmero. Parece estranho que títulos como esse, que traduzem a dramática falta de valores perenes, atraiam tantos leitores, mas o mundo contemporâneo, diz Lipovetsky, é mesmo paradoxal. Seu hipermaterialismo relança, diz ele, exigências espirituais e éticas que vão mudar esse panorama. O homem hipermoderno seria também um hiperindividualista que, sofrendo as pressões da vida profissional e privada, assume o papel de legislador da própria existência – daí a lógica hedonista que, garante o filósofo, vai continuar a organizar o nosso cotidiano.
Vivendo numa época de ceticismo, os jovens, observa o sociólogo Maffesoli, perseguem o gozo por desconfiança na política e nos políticos. Eles não querem o êxtase revolucionário, mas o “êxtase doméstico”, tribal. Maffesoli é o pensador do nomadismo e do tribalismo. Acredita que as migrações – não só de território como profissionais e sexuais – vão alterar a face do homem no futuro. O mundo que está por vir, diz ele, não é o da razão triunfante, mas o do ventre.
No site tem o inicio da entrevista com Michel Onfray -
http://txt.estado.com.br/editorias/2007/06/17/cad-1.93.2.20070617.50.1.xml.

Vale a pena ler o começo da entrevista….

Texto 3
Especial  (Revista Veja 02/jul/2008)
Quando o belo ganha a máscara da plástica
Bem feitas e bem indicadas, as cirurgias estéticas representam um ganho para a auto-estima. Mas a  falta de bom senso está à vista de todo mundo

Anna Paula Buchalla
Pouco tempo atrás, a escritora americana Stacy Schiff desfrutava uma linda tarde ao lado de um amigo francês que visitava Nova York pela primeira vez. No fim do dia, porém, ele mostrou-se intrigado. Queria saber o que havia acontecido com as pessoas mais velhas na cidade. Seus rostos eram esticados demais, lustrosos demais. Em Paris, disse ele, os velhos pareciam velhos – e não havia nada de errado nisso. A idade do amigo francês de Stacy: 8 anos. Sim, até mesmo uma criança mais observadora pode perceber que algo de estranho vem ocorrendo. E não só em Nova York, é claro. Basta ir a shoppings e restaurantes de qualquer grande cidade brasileira, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para deparar com pessoas de pele alaranjada (sessões de bronzeamento artificial podem dar esse efeito), maçãs do rosto salientes, testa estirada, lábios inflados e dentes branquíssimos, de uma alvura inexistente na natureza. É um contingente que, pelo jeito, tende a aumentar, graças aos avanços técnicos e ao barateamento dos procedimentos estéticos. Ficou mais fácil, enfim, fazer uma intervenção atrás da outra – e isso dá vazão à obsessão doentia pela manutenção da beleza e juventude. "O resultado dessa obsessão são bizarrices produzidas por falta de bom senso não só dos pacientes, como dos próprios médicos", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo, João de Moraes Prado Neto.
Não há nada de errado em querer consertar uma falta de acabamento congênita, melhorar a silhueta castigada pelo excesso de comida e pelo sedentarismo ou atenuar as marcas do tempo. É uma forma perfeitamente compreensível e legítima de conservar (ou restaurar) a auto-estima. Um nariz menos adunco, uma ruguinha cancelada, uns quilinhos aspirados – e eis que a beleza deixa de ser apenas a promessa de felicidade, para citar a frase do escritor francês Stendhal. A questão é quando se exagera na dose. Tem-se aí uma patologia. Pessoas que não se cansam de encontrar defeitos ao espelho (na maioria das vezes, inexistentes) e, para corrigi-los, perseguem compulsivamente um padrão estético inatingível sofrem do que os médicos chamam de transtorno dismórfico corporal. Descrito em 1987 pela Associação Americana de Psiquiatria, o distúrbio, nos casos mais graves, causa ansiedade e depressão profundas – e pode levar a pessoa a deformar-se nas mãos de cirurgiões inescrupulosos.
Um estudo inédito conduzido pela médica Luciana Conrado, com 350 pacientes da dermatologia do Hospital das Clínicas, de São Paulo, constatou que 14% deles apresentavam o problema. Nos consultórios dos plásticos, a incidência fica em torno de 10%. Há vítimas de dismorfia que chegam a submeter-se a nove cirurgias de nariz. [...]
Como ninguém faz nove plásticas de nariz sem que haja um cirurgião disposto a cometer excessos, tem-se aí um duplo problema. "É a pior combinação: o paciente que quer fazer tudo somado ao médico sem escrúpulos que o submete a procedimentos incontáveis e desnecessários", diz o dermatologista Guilherme de Almeida, do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. [...]
Tamanho é o poder de convencimento dos médicos que está em curso um novo fenômeno no universo das cirurgias cosméticas: o do tratamento preventivo. É uma maneira de abocanhar um filão de gente muito jovem, que nem deveria estar pensando em Botox ou plástica. Moças com pouco mais de 20 anos agora aplicam injeções de toxina botulínica na testa para prevenir as futuras rugas de expressão. Mulheres de 35 anos submetem-se a liftings – chamados eufemisticamente de mini-liftings, embora nenhum procedimento que requeira anestesia, corte e descolamento da pele possa ser considerado míni. O argumento por trás do tratamento preventivo é mexer um pouco já para evitar grandes intervenções lá na frente. O resultado? Mulheres de 30 anos que se parecem com mulheres de 40 tentando aparentar 30. [...]
A indústria das celebridades, evidentemente, tem um papel nefasto no estabelecimento de padrões estéticos atingíveis apenas por meio de plásticas ou intervenções dermatológicas. Para não falar de reality shows comoExtreme Makeover e Dr. Hollywood, que fazem a transformação radical parecer algo tão simples quanto mudar o corte do cabelo. Nesses programas, passa-se ao largo dos riscos de complicações, da dor e do desconforto do pós-operatório. [...]
Por vender a idéia de que é possível ter o corpo dos sonhos, o rosto perfeito, a cirurgia plástica é uma das áreas mais lucrativas da medicina. Isso é bom porque favorece o desenvolvimento constante de novas tecnologias. E os avanços tornaram os procedimentos acessíveis a uma quantidade enorme de pessoas. O lado sombrio é que a busca por um ideal de beleza inatingível e pela eterna juventude alcançou proporções preocupantes. [...]  Em uma cultura obcecada pela aparência (na verdade, por uma aparência pasteurizada) e juventude, as pessoas que não têm a intenção de mexer no próprio corpo passam por desleixadas. [...]
Conselho dos médicos sérios para mulheres e homens que querem melhorar o aspecto físico, mas sem vestir a máscara da plástica? "A chave do rejuvenescimento está em evitar mudanças drásticas, principalmente no rosto", diz o cirurgião Prado Neto. Antes de mais nada, é preciso entender que o conceito de belo envolve proporção, simetria e equilíbrio. A beleza do rosto de uma mulher está nas maçãs salientes, nos lábios carnudos, nos seios razoavelmente fornidos. No rosto de um homem, ela está expressa principalmente na ossatura angulosa. Mas, como a face não é feita de estruturas isoladas, sua harmonia está no conjunto. Às vezes, uma rinoplastia para reduzir o nariz é uma péssima idéia. Dependendo do formato do rosto, o nariz pequeno destrói a simetria facial, ao criar a impressão de que os olhos ficaram próximos demais. Os famosos lábios de Angelina Jolie são resultado de uma combinação harmoniosa. No rosto de outra pessoa, podem ser – e são em grande parte das vezes – um desastre estético. É possível chegar enxuta (ou enxuto) aos 60 anos, sem destruir a beleza do tempo vivido. Feio é querer aparentar vinte anos a menos. Essa história nunca acaba bem. A menos, é lógico, que você ache a máscara da plástica um ótimo padrão estético.
 PROVA UNESP 2007
INSTRUÇÃO: As questões de números 04 a 07 se baseiam na letra do samba-canção Escultura, de Adelino Moreira (1918-2002) e Nelson Gonçalves (1919-1998) e numa passagem do romance O Garimpeiro, do escritor romântico Bernardo Guimarães (1825-1884).



Escultura
Cansado de tanto amar,
Eu quis um dia criar
Na minha imaginação
Uma mulher diferente
De olhar e voz envolvente
Que atingisse a perfeição.

Comecei a esculturar
No meu sonho singular
Essa mulher fantasia.
Dei-lhe a voz de Dulcinéia,
A malícia de Frinéia
E a pureza de Maria.

Em Gioconda fui buscar
O sorriso e o olhar,
Em Du Barry o glamour,
E, para maior beleza,
Dei-lhe o porte de nobreza
De madame Pompadour.

E assim, de retalho em retalho,
Terminei o meu trabalho,
O meu sonho de escultor,
E, quando cheguei ao fim,
Tinha diante de mim
Você, só você, meu amor.

(Adelino Moreira e Nelson Gonçalves. Escultura. In: Nelson Gonçalves. A volta do boêmio. CD n.o 7432128956-2, Sonopress BMG Ariola Discos, Ltda., São Paulo, 1996.)


O garimpeiro

Lúcia tinha dezoito anos, seus cabelos eram da cor do jacarandá brunido, seus olhos também eram assim, castanhos bem

escuros. Este tipo, que não é muito comum, dá uma graça e suavidade indefinível à fisionomia.

Sua tez era o meio termo entre o alvo e o moreno, que é, a meu ver, a mais amável de todas as cores. Suas feições, ainda que não eram de  Irrepreensível regularidade, eram indicadas por linhas suaves e harmoniosas. Era bem feita, e de alta e garbosa estatura.

Retirada na solidão da fazenda paterna, desde que saíra da escola, Lúcia crescera como o arbusto do deserto, desenvolvendo em plena liberdade todas as suas graças naturais, e conservando ao lado dos encantos da puberdade toda a singeleza e inocência da infância.

Lúcia não tinha uma dessas cinturas tão estreitas que se possam abranger entre os dedos das mãos; mas era fina e flexível. Suas mãos e pés não eram dessa pequenez e delicadeza hiperbólica, de que os romancistas fazem um dos principais méritos das suas heroínas; mas eram bem feitos e proporcionados.

Lúcia não era uma dessas fadas de formas aéreas e vaporosas, uma sílfide ou uma bayadère*, dessas que fazem o encanto dos salões do luxo. Tomá-la-íeis antes por uma das companheiras de Diana a caçadora, de formas esbeltas, mas vigorosas, de singelo mas gracioso gesto.

Todavia era dotada de certa elegância natural, e de uma delicadeza de sentimentos que não se esperaria encontrar em uma roceira.

(*) Bayadère (francês): dançarina das Índias, dançarina de teatro. (Bernardo Guimarães. O garimpeiro - romance. Rio de Janeiro: B.L. Garnier Livreiro-Editor do Instituto, 1872, p. 14-16.)



04. Na descrição da beleza das mulheres, os escritores nem sempre se restringem à realidade, mesclando aspectos reais e ideais. Uma das características do Romantismo, a esse respeito, era a forte tendência para a idealização, embora nem todos os ficcionistas a adotassem como regra dominante. Com base nestas informações, releia atentamente o quarto parágrafo do fragmento de O garimpeiro e identifique na descrição da personagem Lúcia uma atitude crítica do narrador ao idealismo romântico.



R E D A Ç Ã O

INSTRUÇÃO: Leia atentamente as frases seguintes, que podem ser encontradas em textos de toda a mídia.

Em apenas cinco minutos, você pode chapar a barriga – Detone quatrocentas calorias em uma hora – Experimente a nova dieta anticelulite – Elimine os sinais de envelhecimento – Ganhe uma barriguinha seca e um corpo em forma em nossa academia – A nossa dieta enxuga a gordura do corpo e deixa a cintura fininha – Faça ginástica facial para eliminar rugas e linhas de expressão – Dez exercícios para esculpir suas pernas e coxas – Desenvolva rapidamente seus bíceps – Ganhe músculos em seis meses e conquiste todas as gatas – Torne-se um homem de corpo sarado e jeito de menino – Desfile na praia com o corpo dos seus sonhos –

Turbine seus lábios – Você pode ter um culote sequinho – Deixamos sua barriga zerada – Você pode ser mais bonita: rinoplastia, lipoaspiração, mamoplastia de aumento, mamoplastia de redução, lifting facial – Ganhe pernas e bumbum torneados – Exercícios para ficar com seios exuberantes – Com alguns minutos por dia, deixamos seu corpo douradinho – Você pode mudar a cor de seus olhos – Só tem cabelos brancos quem quer.

Proposição

Os textos das questões de números 04 a 05 focalizam o tema da beleza, particularmente da beleza das mulheres, em diferentes épocas. As frases apresentadas como base para esta redação, todas fundamentadas em matérias de revistas dirigidas para a cultura física, estética e emagrecimento, colocam a questão da busca da beleza física, não apenas pelas mulheres, mas também pelos homens nos dias atuais. Estimulada intensamente pela mídia, a busca da saúde se confunde freqüentemente com a busca, pelo homem e pela mulher, de um corpo esbelto, bem composto e delineado, capaz de causar inveja e de impressionar o sexo oposto. Para atingir esse objetivo, muitas pessoas fazem quaisquer tipos de sacrifícios, não poucas vezes dando maior importância à aparência do que à própria saúde física e mental. Com base neste comentário e, se julgar necessário, nas frases que serviram como exemplo, faça uma redação em prosa, de gênero dissertativo, sobre o tema



A BUSCA DA BELEZA DO CORPO NOS DIAS ATUAIS


ESBOÇO DO TEXTO

a)       tema:

b)       problema (analisar o tema e identificar qual é o problema levantado):

c)        exemplos do problema:

d)       Causas do problema:

e)       Consequências do problema ( cuidado para não confundir com o problema – observar o que o problema vai gerar de conseqüência para a sociedade):

f)        Meta: que resultados quero alcançar ao eliminar o problema (ligado à causa)

g)       Benefícios que os resultados podem trazer (ligado às conseqüências)

h)       O que é que se faz para chegar a esse resultado? (proposta de intervenção- de ação social – não governamental- parte da sociedade civil)




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