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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tema 3 - Novo Código Penal - Parte 1

Olá, Galera,

Nesta semana vamos começar a discutir alguns temas polêmicos inspirados no anteprojeto do CPP (Código de Processo Penal ), que está sendo discutido pelo Senado. 
Fazem parte do grupo desses temas a proposta de descriminalizar o plantio, compra e o porte de drogas para uso próprio, a ampliação das regras para que a mulher possa realizar aborto sem que a prática seja considerada crime, a eutanásia e a criminalização da homofobia. 

Vamos, então, ao primeiro tema: 

Descriminalização do plantio, compra e porte de drogas

Para  esquentar as turbinas assista ao vídeo abaixo:


Agora registre sua opinião sobre as seguintes questões:



a)                 Qual a mudança que os juristas querem fazer no Código Penal em relação ao porte de drogas?
b)                 Que posicionamentos sobre o assunto são apresentados pela reportagem? Que argumentos utilizam?
c)                  Você concorda com algum desses pensamentos? Por quê?
d)                 Na sua opinião, quais as possíveis consequências da aprovação dessas mudanças no Código?
e)                  Você acha que o Jornal foi tendencioso? Por quê?


Texto 1 
Legalizar as drogas
Após descriminalizar o uso pessoal, em 2006, país deve acelerar debate na direção de rever proibição da maconha e outras substâncias banidas
Folha de S.Paulo 19/06/11
A decisão do Supremo Tribunal Federal de autorizar a Marcha da Maconha dá ensejo para retomar o debate sobre legalização e descriminalização das drogas.
Em realidade, existem dois debates. O primeiro, sobre descriminalização, ou despenalização (eliminar ou abrandar punições ao consumidor), avançou de forma considerável no Brasil.
O segundo, sobre legalização (autorizar produção, venda e consumo de substâncias hoje proibidas), mal caminhou por aqui. Se é que não retrocedeu, como sugere a renitente sanha proibicionista contra manifestações públicas pela mudança na legislação.
Esta Folha defende desde os anos 1990 que se faça uma discussão serena e sem preconceito de propostas alternativas para enfrentar o flagelo das drogas.
Em 1994, por exemplo, no editorial “Drogas às Claras”, já reconhecia a falência das políticas repressivas. Advogava que a abordagem policial fosse substituída pela ótica da saúde pública, com ênfase em programas de prevenção e recuperação de dependentes. A legalização, preconizava, acabaria com o prêmio pelo risco que multiplica o valor da droga e, assim, o lucro dos traficantes.
O foco principal, no entanto, ainda recaía sobre a descriminalização. Ela só chegou ao país em 2006, com a lei nº 11.343, que livrou o porte e o consumo pessoal da pena de prisão, substituindo-a por advertência, prestação de serviços e medidas educativas (programas de reabilitação), sob pena de multa. A nova lei deu ao juiz o poder de decidir, em cada situação, se o portador seria considerado consumidor ou traficante.
Um progresso notável, e como tal foi saudado pela Folha. O debate nacional e mundial, contudo, não parou por aí. Ganhou reforços e respeitabilidade o outro ponto de vista, a favor da legalização.
A Holanda autorizou a venda para consumo individual, em cafés especializados (hoje já se discutem ali restrições, como proibir a venda a estrangeiros). Portugal também liberalizou o uso. Surgiu a Comissão Global sobre Política de Drogas, que reúne em favor da tese personalidades como Fernando Henrique Cardoso, George Shultz, Kofi Annan, Mario Vargas Llosa e Paul Volcker.
Tais figuras são insuspeitas de fazer apologia das drogas. Apoiam a tese da legalização com argumentos racionais: bilhões despendidos na guerra contra as drogas não diminuíram a demanda e a oferta (estima-se que o uso de cocaína no mundo tenha aumentado 27% entre 1998 e 2008); o consumo de drogas é irreprimível; produção e venda, se controladas e taxadas, gerariam recursos para prevenção e tratamento.
Os adversários dessa perspectiva argumentam, não sem razão, que tornar as drogas legais provavelmente elevará o consumo. Mesmo que a legalização se restrinja ao que se convencionou chamar de “drogas leves” (categoria que inclui a maconha, por vezes também o ecstasy), haveria o risco de abrir uma porta para as mais pesadas (como crack e cocaína).
São razões ponderáveis, que recomendam cautela, gradualismo e controle na adoção de políticas alternativas. A Folha avalia que chegou o momento de avançar na matéria, dando novos passos para a legalização. Primeiro, da maconha: se ela tem impacto na saúde comparável ao do cigarro e ao do álcool, que se ofereça a possibilidade de consumo dessa outra droga ao público, com limitações análogas às do tabaco e da bebida.
Esse seria o objetivo de médio e longo prazos. Antes haveria necessidade de fazer o tema avançar no plano internacional, pois parece irrealista que um país adote sozinho uma liberalização mais ousada. É crucial coordenar políticas nacionais, e o governo brasileiro deveria engajar-se na promoção do debate em foros multilaterais.
Há aperfeiçoamentos imediatos por fazer, ainda, na política nacional de descriminalização. Faz sentido permitir o uso da maconha em rituais religiosos, como já ocorre com a ayahuasca no culto do Santo-Daime e similares. Seria igualmente desejável limitar o arbítrio de juízes na caracterização de quem é traficante ou apenas usuário, por meio de gradação nas quantidades e tipos de droga.
Por fim, em matéria tão controversa, recomenda-se alguma forma de consulta popular. Se aprovada no Congresso, a legalização da maconha deveria ser submetida a referendo, após acúmulo de dados e estudos para avaliar objetivamente a experiência. A inclusão de outras drogas poderia, em seguida, ser objeto de plebiscito.

Texto 2: Drogas, por um debate aberto e sereno

PAULO TEIXEIRA


A única certeza é a de que não existem soluções mágicas; os nossos jovens usuários não podem ter como interlocutores a polícia e os traficantes


No domingo (17/4), fui surpreendido pela capa deste jornal com os dizeres "Petista defende uso da maconha e ataca Big Mac".
Como o petista, no caso, era eu, e minhas posições sobre política de drogas no Brasil são mais complexas do que a matéria publicada, achei por bem do debate público retomar o tema, com a seriedade e a profundidade que merece.
A reportagem se baseou em frases pinçadas de palestra minha em seminário sobre a atual política de drogas no Brasil, há dois meses.
Lá, como sempre faço, alertei para os perigos do uso de drogas, sejam elas ilícitas ou não. Defendo a proibição da propaganda de bebidas alcoólicas e a regulação da publicidade de alimentos sem informações nutricionais. A regulamentação frouxa fez subir o consumo excessivo de álcool. O cigarro, com regulamentação rígida, teve o consumo reduzido.
Não defendo a liberação da maconha. Defendo uma regulação que a restrinja, porque a liberação geral é o cenário atual. Hoje, oferecem-se drogas para crianças, adolescentes e adultos na esquina. Como pai, vivo a realidade de milhões de brasileiros que se preocupam ao ver seus filhos expostos à grande oferta de drogas ilícitas e aos riscos da violência relacionada a seu comércio.
Por isso, nos últimos 15 anos, me dediquei ao tema, tendo participado de debates em todo o Brasil, na ONU e em vários continentes.
A política brasileira sobre o tema está calcada na Lei de Drogas, de 2006, que ampliou as penalidades para infrações relacionadas ao tráfico e diminuiu as relacionadas ao uso de drogas.
É uma lei cheia de paradoxos e que precisa ser modificada. Não estabeleceu, por exemplo, clara diferença entre usuário e traficante.
Resultado: aumento da população carcerária, predominantemente de réus primários, que agem desarmados e sem vínculos permanentes com organizações criminosas.
Do ponto de vista do aparelho estatal repressivo, há uma perda de foco. Empenhamos dinheiro e servidores públicos para acusar, julgar e prender pequenos infratores, tirando a eficácia do combate aos grandes traficantes.
Outros países têm buscado formas alternativas de encarar o problema. Portugal viveu uma forte diminuição da violência associada ao tráfico por meio da descriminalização do uso e da posse. Deprimiu-se a economia do tráfico e conseguiu-se retirar o tema da violência da agenda política, vinculando as medidas ao fortalecimento do sistema de tratamento de saúde mental.
Na Espanha, há associações de usuários para o cultivo de maconha, para afastá-los dos traficantes. A única certeza é a de que não há soluções mágicas. Nossos jovens usuários não podem ter como interlocutores a polícia e os traficantes.
É preciso retirar o tema debaixo do tapete e, corajosamente, trazê-lo à mesa para que famílias, educadores, gestores públicos, acadêmicos, religiosos e profissionais da cultura, da educação e da saúde o debatam. Esta posição é exclusivamente minha, não é em nome da liderança do PT.
Não tenho, conforme sugeriu a Folha, divergências com a postura da presidenta da República sobre o tema. Aplaudo os esforços extraordinários do governo Dilma no combate ao narcotráfico e na ampliação dos serviços de saúde de atenção aos usuários de drogas. Nesse sentido, sugiro ao governo que eleja uma comissão de estudos de alto nível para ajudar nessa discussão.
A questão não pode ser tratada de forma rasa. O debate público sobre as políticas de drogas deve envolver o conjunto das forças políticas e sociais de todo o país.

PAULO TEIXEIRA, 49, advogado, é deputado federal (PT-SP) e líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br 


Texto 3 - 

Maconha

Embora do ponto de vista científico não esteja claro que a maconha  possa provocar dependência química, não existe consenso popular da existência ou não dessa dependência. Muitos defendem tratar-se de uma droga que não vicia e que a dependência é meramente psicológica. Outros asseguram que vicia sim e, por isso, deve ser mantida na ilegalidade. Há os que acreditam não ter cabimento prender um adolescente por estar portando um cigarro de maconha o que no Brasil, assim como em muitos outros países, é considerado crime.
Desse modo, certas correntes advogam que a maconha deve ser descriminalizada, mas não legalizada, enquanto outras defendem sua legalização, baseando-se no fato de que drogas como o álcool e a nicotina são utilizadas e vendidas com total liberdade, apesar de ninguém ignorar que causam mal à saúde.
É importante, então, esclarecer como a maconha age no organismo. Assim que a fumaça é aspirada, cai nos pulmões que a absorvem rapidamente. De seis a dez segundos depois, levados pela circulação, seus componentes chegam ao cérebro e agem sobre os mecanismos de transmissão do estímulo entre os neurônios, células básicas do sistema nervoso central. Os neurônios não se comunicam como os fios elétricos, encostados uns nos outros. Há um espaço livre entre eles, a sinapse, onde ocorrem a liberação e a captação de mediadores químicos. Essa transmissão de sinais regula a intensidade do estímulo nervoso: dor, prazer, angústia, tranquilidade.
As drogas chamadas de psicoativas interferem na liberação desses mediadores químicos, modulam a quantidade liberada ou fazem com que eles permaneçam mais tempo na conexão entre os neurônios. Isso gera uma série de mecanismos que modificam a forma de enxergar o mundo.
LEGALIZAÇÃO E DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA

Drauzio – Como você encara a legalização da maconha?
Elisaldo Carlini – Sou totalmente contra o uso e a legalização da maconha. No entanto, é necessário distinguir legalização de descriminalização. Quando falo em descriminalizar, não estou me referindo à droga. Estou me referindo a um comportamento humano, individual, que atinge o social. Quando falo em legalizar, falo de um objeto. Posso legalizar, por exemplo, o uso de determinado medicamento clandestino ou de um alimento qualquer desde que prove que eles não são prejudiciais à saúde.
Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada. O que defendo é a descriminalização de uma conduta. Veja o seguinte exemplo: se alguém atirar um tijolo e ferir uma pessoa, não posso culpar o tijolo. Só posso criminalizar a conduta de quem o atirou. A mesma coisa acontece com a maconha. O problema é criminalizar seu uso e assumir as consequências da aplicação dessa lei.
Nos Estados Unidos, num único ano, 600.000 pessoas foram detidas e processadas por posse de maconha e o sistema de justiça americano acabou não fazendo outra coisa do que julgar jovens que, na maioria das vezes, não haviam cometido nenhum outro deslize e ficavam marcados por uma ficha criminal que os prejudicava na hora de conseguir um emprego, por exemplo, e de tocar a vida. Diante disso, vários estados americanos optaram por descriminalizar o uso da maconha. O mesmo fizeram o Canadá e alguns países da Europa, entre eles Portugal. O importante não é punir um comportamento. É corrigi-lo. Para tanto, deve existir um programa eficiente de prevenção e de educação para que a pessoa evite consumir essa ou qualquer outra droga.
Repetindo, sou contra o uso e a legalização, mas favorável à descriminalização da maconha.
Drauzio – Seguindo essa linha de pensamento, você também é contra a legalização do álcool, uma droga com impacto social pior do que o da maconha?
Elisaldo Carlini – Não sou contra a legalização do álcool, porque vivemos uma situação de fato em que seu uso social é aceito e está consagrado. Os resultados da famosa Lei Seca americana já provaram que é impossível proibir o uso do álcool e que, se o fizermos, o tiro pode sair pela culatra.
Não acontece o mesmo com a maconha. A não ser em restritas áreas do mundo, seu uso marginal não é aceito socialmente. Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo. No entanto, não tenho dúvida de que, se ele continuar crescendo, a sociedade terá de enfrentar no futuro o problema da legalização, porque não adianta lutar contra algo imposto pelo comportamento da população em geral.
Por isso, no momento, é preciso empenhar todos os esforços para desenvolver um programa educacional eficiente visando a impedir o aumento do consumo e, quem sabe, até mesmo baixá-lo, já que muito jovem fuma maconha para transgredir a ordem estabelecida. De certa forma, parece que a transgressão faz parte da vida dos adolescentes.
Numa conferência a que assisti recentemente na Universidade Federal de São Paulo sobre descriminalização ou não da maconha, um professor da Bahia colocou a importância da transgressão na formação da personalidade e citou Adão e Eva, os primeiros transgressores da lei, que não respeitaram a proibição divina e comeram a maçã proibida.
Tendo como base as ideias apresentadas nos textos acima, produza uma dissertação sobre o tema: O plantio, compra e o porte de drogas para uso próprio  deve ou não ser descriminalizado?
Utilize o esboço dos temas anteriores

domingo, 5 de agosto de 2012

Tema 2: A água

DESPERDÍCIO  – ÁGUA: "SABENDO USAR, NÃO VAI FALTAR?"




                Queridos alunos, esta semana vamos conversar sobre um tema bastante importante: a água. Para que nossa conversa seja produtiva, por favor, leiam os textos abaixo e retirem as ideias principais para que possamos discutir em sala. 

Então vamos lá...

Nós, humanos, podemos passar cerca de 28 dias sem nos alimentarmos, mas não sobreviveremos a 3 dias inteiros (72 horas) sem que consumamos água. Nesse período, nosso corpo perderá treze litros de água, o que significa desidratação e, posteriormente, morte.
Os habitantes do mundo dito “civilizado” continuam gastando água como se ela fosse um bem disponível para sempre: banhos longuíssimos, torneiras abertas para escovação dos dentes, descargas, louças que se conjugam a torneiras abertas inutilmente.
A água não é um bem disponível para sempre e nossas calçadas e carros não deveriam receber centenas de litros de água tratada de graça, enquanto pelo menos 10 milhões de pessoas morrem diariamente no mundo em decorrência de doenças provenientes da água de que dispõem para beber. O velho ditado, o lugar-comum “Sabendo usar, não vai faltar” de que nossos familiares se utilizavam no passado recente é uma verdade; mas a humanidade deveria começar ontem, já, agora. Ou os próximos habitantes do planeta terão água, mas não poderão dispor dela para beber porque foi desperdiçada, poluída e já não serve para ser consumida.

Texto 1

Desperdício de água
Já diziam nossas avós que sabendo usar, não vai faltar. O velho ditado é cada dia mais atual, assim como a necessidade de utilizar com sabedoria o que temos. A água é um recurso limitado, e o seu desperdício tem consequências. Cada setor da economia, cada fatia da sociedade, tem sua parcela de responsabilidade nessa
história.
                À semelhança da maioria dos países, no Brasil, a agricultura é quem mais consome água – quase 63% do que é captado vai para a irrigação. O uso doméstico é responsável por 18% do consumo, a indústria fica com 14%. Os 5% restantes são usados para matar a sede dos animais de criação. Todos esses consumidores tendem a usar a água de modo abusivo. E não é a qualidade de vida que exige isso. Com um bom planejamento, é possível gerar empregos e movimentar a economia mesmo com pequenas quantidades do recurso. Afinal, para que sejam criados 100 mil empregos em alta tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos, são necessários 946 milhões de litros de água por ano. Este mesmo volume criaria apenas 10 empregos na agricultura californiana.

Roça perdulária
                A irrigação é vital para a agricultura na maior parte do planeta e em certas regiões do Brasil. Cerca de 18% das áreas cultivadas globalmente são irrigadas. Contudo, como elas costumam produzir mais de uma colheita por ano, sua participação na produção mundial de alimentos é proporcionalmente maior – até 40%. No Brasil, há 3 milhões de hectares irrigados – é relativamente pouco, dada a área plantada no país, em parte pelos custos envolvidos, em parte porque esta prática só se definiu aqui a partir de 1970. Dependendo da região onde é praticada, a irrigação pode adotar modelos bastante diferentes. Nas regiões Sul,  Sudeste e Centro-Oeste, ela é mais comum em arrozais e plantações de grãos: tem crescido particularmente na cultura de soja do Centro-Oeste. No Nordeste, é praticada com pesado investimento governamental, visando ao desenvolvimento regional, e está concentrado na fruticultura.
                Para enfrentar o desperdício, é necessário ampliar a eficiência da irrigação. Em geral, os agricultores promovem a inundação de seus campos ou constroem canais de água paralelos aos canteiros.
                No Brasil, são comuns os sistemas de aspersão. Dentre eles, está o de pivô central, com uma haste aspersora que gira em torno de um eixo, molhando uma grande área circular. Em todos esses casos, as plantas só recebem uma parte pequena da água. O resto evapora ou/e corre para corpos-d'água próximos. Muitas vezes, isso acaba promovendo erosão, salinização da água ou sua contaminação com agroquímicos.
                Técnicas mais eficientes podem reduzir em até 50% a água necessária. Uma das principais é o sistema de gotejamento – um duto passa ao longo das raízes das plantas, pingando apenas a água necessária.
                Produzir tomates com os sistemas de irrigação tradicionais exige 40% mais água que nos sistemas de gotejamento.

Fábricas com sede
                As indústrias utilizam a água de diversas maneiras: no resfriamento e na lavagem de seus equipamentos, como solvente ou, ainda, na diluição de emissões poluentes. Em termos globais, a indústria é responsável por 22% de toda a água doce consumida. Essa porcentagem é muito maior em países ricos – 59% – e bem menor nos países pobres – apenas 8%. Alguns setores são especialmente perdulários nesse quesito. Um bom exemplo é o aço. Antes da Segunda Guerra Mundial, eram necessárias entre 60 e 100 toneladas de água para produzir uma tonelada do metal. Hoje, com as novas tecnologias, é possível reduzir esse volume a menos de 6 toneladas de água. Entretanto, o consumo ainda é alto quando o comparamos com o de outros setores: a produção de uma tonelada de alumínio gasta apenas 1,5 tonelada de água. Por outro lado, indústrias de muitos países estão conseguindo usar a água com mais eficiência. O Japão é exemplo. Em 1965, o país utilizava cerca de 49 milhões de litros para produzir 1 milhão de dólares em mercadorias. Em 1989, o volume necessário para o mesmo desempenho caiu para 13 milhões de litros.
                No Brasil, a maior parte das grandes indústrias tem programas de reaproveitamento de água, uma vez que ela se torna cada vez mais rara e cara. É o caso da indústria de bebidas Ambev, que conseguiu reduzir o volume captado por suas fábricas em 9 milhões de metros cúbicos anuais.

Lar do desperdício
                De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e carros com mangueiras.
                O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30 litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Umas das mais econômicas consiste numa caixa-d'água com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitário. Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costumam ter um altíssimo nível de consumo.
O ideal é substituí-las por outros modelos.
                O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor – doméstico, industrial ou agrícola – não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.
                Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em inúmeros países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abastecer a cidade de Roma tranquilamente.
Curiosidade:
Água necessária para se produzir 1 kg de alimento:
Água necessária para produzir 1 kg de alimentos
Produto                   Volume (litros)
Carne                      15.000
Frango                      6.000
Cereais                     1.500
Frutas cítricas          1.000
Raízes e tubérculos  1.000

Tecnologia econômica

                Inúmeros equipamentos permitem economizar água em casa ou no escritório, embora nem todos estejam disponíveis no Brasil. Um dia você ainda terá um deles.
                Desligamento automático: existem vários modelos de torneiras para pias e chuveiros que liberam água por apenas 30 segundos, a menos que sejam tocados novamente. Elas são especialmente comuns em clubes e shopping centers, onde o consumo é maior.
                Banheiro de avião: os vasos sanitários instalados em aviões, onde há pouco espaço de estocagem de água, são muito econômicos. Suas descargas usam um sistema de sucção a vácuo, capaz de economizar 80% de água em relação às tradicionais, embora tenha a desvantagem de precisar de eletricidade para a produção do vácuo.
                Descarga de duas marchas: comuns na Europa, são vasos sanitários com dois tipos de descarga, que liberam volumes diferentes de água conforme a necessidade.
Feche a torneira: Todo consumidor de água pode ajudar a economizá-la, abandonando hábitos arraigados.
No banheiro:
• reduza o tempo de banho e economize pelo menos seis litros por minuto;
• encha a banheira só até a metade;
• feche a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes; você economizará de 10 a 20 litros por minuto;
• instale descargas de vaso sanitário de baixo consumo e aeradores nas torneiras (redinhas que se encaixam no bocal). Se a caixa-d'água for acoplada ao vaso, coloque dentro dela uma garrafa plástica cheia d'água e tampada, para diminuir o volume gasto;
• não jogue lixo no vaso;
• não dispare a descarga desnecessariamente;
• não use a mangueira como vassoura – primeiro limpe o local e depois lave.
Na cozinha e na lavanderia:
compre modelos de máquinas de lavar roupas e louça que
consomem pouca água. Só ligue os equipamentos quando estiverem cheios. Prefira usar o ciclo mais curto;
• instale aeradores nas torneiras, que diminuem o volume consumido, porém não a sua eficácia.
No lazer:
• lave o carro ou o quintal com balde, não com mangueira. Se quiser, use dois baldes, um com água e sabão, outro com água limpa.
Por toda a parte:
• feche bem as torneiras. Uma torneira que goteja lentamente perde cerca de 50 litros por dia;
• chame um encanador para que ele elimine todos os vazamentos da casa.
Laura Aguiar, Regina Schart, Marcelo Cipis e Luiz Fernando Martini. Como cuidar da nossa água. Coleção Entenda e Aprenda. São paulo: BEI, 2003.


                                                 Fonte: http://tanahoradepreservar.blogspot.com.br/2011/03/algumas-imagens-de-como-evitar-o.html
Texto 2

Ameaças à àgua

                Escassez – O desenvolvimento desordenado das cidades, aliado à ocupação de áreas de mananciais e ao crescimento populacional, provoca o esgotamento das reservas naturais de água e obriga as populações a buscarem fontes de captação cada vez mais distantes. A escassez é resultado do consumo cada vez maior, do mau uso dos recursos naturais, do desmatamento, da poluição, do desperdício, da falta de políticas públicas que estimulem o uso sustentável, a participação da sociedade e a educação ambiental.
                Desperdício – Resultado da má utilização da água e da falta de educação sanitária. O desconhecimento, a falta de orientação e informação aos cidadãos são os principais fatores que levam ao desperdício, que ocorre, na maioria das vezes, nos usos domésticos,ou seja, na nossa própria casa. Existem também as perdas decorrentes da deficiência técnica e administrativa dos serviços de abastecimento de água, provocadas, por exemplo, por vazamentos e rompimentos de redes. Essas perdas também se devem à falta de investimentos em programas de reutilização da água para fins industriais e comerciais, pois a água tratada, depois de utilizada, é devolvida aos rios sem tratamento, em forma de efluentes, esgotos e, portanto, poluída.
                Estima-se que o desperdício de água no Brasil chegue a 70%. Onde gastamos nossa água?
Em casa – em média, 78% do consumo de água é gasto no
banheiro.
No banho: Um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos de no máximo cinco a quinze minutos economizam água e energia elétrica. Abra o chuveiro, molhe-se, feche-o, ensaboe-se e depois abra para enxaguar, ao invés de passar o tempo todo com o chuveiro ligado.
Na escovação dos dentes: Escovar os dentes com a torneira aberta gasta até 25 litros. Escove primeiro e depois abra a torneira apenas o necessário para encher um copo com a quantidade adequada para o enxágue.
Na descarga: Uma válvula de vaso sanitário no Brasil chega a consumir vinte litros de água tratada quando acionada uma única vez. Aperte apenas o tempo necessário e não jogue lixo no vaso.
Na torneira: Uma torneira aberta gasta de doze a vinte litros/
minuto. Pingando, 46 litros/dia.
Na lavagem de louças: Lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros. O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.
                Na lavagem de carros: Com a mangueira aberta o tempo todo consome-se, em média, seiscentos litros; com balde, aproximadamente sessenta litros.
                A Sabesp calcula que o Estado perde diariamente 40% da água tratada, o que representa cerca de 1,3 bilhão de litros/dia: daria para abastecer duas cidades do porte de Curitiba.

Fontes: Manual do Rio Tietê - Fundação SOS Mata Atlântica, Núcleo-Pró- -Tietê e 5 Elementos - Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental.

                Má utilização – Uma das atividades que mais desperdiça água é a irrigação por canais ou por aspersão, em decorrência de métodos ultrapassados e ineficientes. O não reuso da água para
atividades industriais também é outro exemplo que mais se relaciona ao desperdício e à falta de políticas públicas eficientes de controle e gestão.
Desmatamento – Em áreas de mata ciliar – que protege as margens dos rios, lagos e nascentes – provoca sérios problemas de assoreamento dos corpos-d'água, carregamento de materiais e
resíduos que comprometem a qualidade das águas. Nas áreas de nascentes e cabeceiras, o desmatamento acarreta o progressivo desaparecimento do manancial.
                Sem cobertura vegetal e proteção das raízes das árvores, as margens dos corpos-d'água desbarrancam, ocasionando o transbordamento, enchentes e o desvio do curso natural das águas.
Poluição – Durante séculos, o homem utilizou os rios como receptores dos esgotos das cidades e dos efluentes das indústrias que reúnem grande volume de produtos tóxicos e metais pesados.
Essa prática resultou na morte de enormes e importantes rios – no estado de São Paulo o maior exemplo é rio Tietê que corta o estado de leste a oeste, com 1.100 quilômetros de extensão, seguido dos rios Jundiaí, Piracicaba, Pinheiros e outros bastante degradados e castigados pela poluição. Além da poluição direta, por lançamento de esgotos, falta de sistemas de tratamento de efluentes e saneamento, há a chamada poluição difusa, que ocorre com o arrasto de lixo, resíduos e diversos tipos de materiais sólidos que são levados aos rios com a enxurrada. Ao "lavar a atmosfera", a chuva também traz poeira e gases aos corpos-d'água.
                Nas zonas rurais, os maiores vilões da água são os agrotóxicos utilizados nas lavouras, seguidos do lixo que é jogado nas águas e margens de rios e lagos, além das atividades pecuárias como a suinocultura, esterqueiras e currais, construídos próximos aos corpos--d'água.
                Há ainda os acidentes com transporte de cargas de resíduos perigosos e tóxicos, rompimento de adutoras de petróleo, óleo, de redes de esgoto e ligações clandestinas. Em algumas regiões, as fossas negras e os lixões podem contaminar os lençóis de água subterrânea.
• feche a torneira enquanto ensaboa a louça. Ela desperdiça de 10 a 20 litros por minutos; enquanto uma cuba cheia d'água não gasta mais do que 38 litros, no total;

A crise mundial da água e a desigualdade social

                A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU – Organização das Nações Unidas – fica claro que controlar o uso da água significa deter poder.
                As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais. Em regiões onde a situação de falta d'água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do continente africano, a média de consumo de água por pessoa é de dezenove metros cúbicos/dia, ou de dez a quinze litros/pessoa. Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia.
                Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.
                Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso à água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (38% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água.

Doenças de veiculação hídrica

                Transmitidas diretamente através da água, geralmente em regiões desprovidas de serviços de saneamento: cólera, febre tifoide, febre paratifoide, desinteria bacilar, amebíase ou desinteria amebiana, hepatite infecciosa, poliomielite.
Transmitidas indiretamente através da água: esquistossomose,
fluorose, malária, febre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infecções dos olhos, ouvidos, garganta e nariz.
                Até o ano 2000, relatórios do Banco Mundial apontavam que seria necessário investir US$ 800 bilhões em tratamento e abastecimento de água para minimizar as desigualdades sociais e enfrentar a situação de falta de saneamento básico, como uma importante ferramenta de saúde pública.
                Segundo Martin Gambril, representante do Banco Mundial, o valor econômico da água é fator fundamental na busca do desenvolvimento sustentável. "O caso do Rio Nilo, na África, é o exemplo mais evidente de que o valor da água não é só o econômico e sim uma questão de sobrevivência total. O governo do Egito já declarou ao governo da Etiópia, de onde vem mais de 80% da água do Rio Nilo, que se a Etiópia tirar mais uma gota desse rio, isso seria interpretado como uma declaração de guerra. É o extremo da crise e dos conflitos pelo uso da água".
                A Agenda 21, elaborada durante a Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Eco-92, dedicou um capítulo especial à questão da água, onde preconiza o uso sustentável dos recursos hídricos, orientando todas as nações para a extrema necessidade de recuperar e garantir a qualidade das águas. Porém, passados quase dez anos, o mundo volta a discutir o mesmo tema, pois ainda assistimos à constante degradação dos rios, dos mananciais superficiais e subterrâneos e a padrões não sustentáveis de consumo de água.
<www.rededasaguas.org.br/quest/quest_05.asp>.

Texto 3

É grande o desperdício de água
                Uma pesquisa realizada recentemente pela organização não governamental WWF Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), constatou o que todos nós estamos cansados de saber: é grande o desperdício de água no Brasil.
                O levantamento verificou que são as residências que consomem mais água e que, na sua maioria, esses imóveis pertencem a famílias de maior nível social. Essa prática constitui-se na principal ameaça ao abastecimento no país. O coordenador da Agência Nacional de Águas (ANA), Antonio Félix Domingos, atribuiu o desperdício à ineficiência da administração das companhias estaduais e municipais de abastecimento e ao valor que é cobrado pelos serviços de manutenção. “A água no Brasil ainda é muito barata, por isso as classes mais favorecidas não valorizam. As próprias instituições desperdiçam 40% e esse gasto compromete a oferta em todo o mundo”, justifica Antonio Domingos. O desperdício por parte das classes média e alta desfavorece cada vez mais o consumo das pessoas de baixa renda. Os dados da pesquisa da WWF Brasil apontam que as famílias mais abastadas costumam lavar seus automóveis com a mangueira aberta e o tempo mínimo para finalizar o serviço chega a ser de, aproximadamente, meia hora. Uma torneira aberta costuma gastar cerca de 70 litros de água por minuto.
Cilene Figueiredo. Agência Brasil. http://agenciabrasil.ebc.com.br/
noticia/2008-06-06/desperdicio-ameaca-abastecimento-de-agua-nobrasil-aponta-pesquisa-wwf>. (Adapt.).


ESBOÇO DO TEXTO
a)       tema:
b)       problema (analisar o tema e identificar qual é o problema levantado):
c)        exemplos do problema:
d)       Causas do problema:
e)       Consequências do problema ( cuidado para não confundir com o problema – observar o que o problema vai gerar de conseqüência para a sociedade):
f)        Meta: que resultados quero alcançar ao eliminar o problema (ligado à causa)
g)       Benefícios que os resultados podem trazer (ligado às conseqüências)
h)       O que é que se faz para chegar a esse resultado? (proposta de intervenção- de ação social – não governamental- parte da sociedade civil)

                                         PROPOSTA DE REDAÇÃO

 O equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água. Como a humanidade pode, e deve, enfrentar esse problema?

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tema 1 para discussão: A busca pela beleza ideal e os impactos da vaidade em excesso

Olá galera!
Vamos começar nossa discussão com um tema bastante interessante. Leiam os textos abaixo, se possível, imprimam e tragam para a sala.
Seria interessante que vocês postassem seus comentários sobre o assunto.
beijocas
Profa. Eunicéa

Texto 1

A beleza feminina sempre foi pauta de discussão em diversas áreas e, fazendo um levantamento histórico, é interessante notar como o padrão de beleza mudou no decorrer do tempo.

Na era pré-histórica, mulheres com um quadril mais avantajado e com seios fartos eram as preferidas dos homens, pois essas formas mostravam que estas eram bem nutridas e capazes de gerar filhos saudáveis.

Avançando no tempo, vieram os gregos para os quais o belo era tudo o que equilibrava uma simetria e a proporção. No que tangia à beleza feminina não era diferente. Mulheres com corpos simétricos eram as mais disputadas e apreciadas.

Durante a idade média, onde a Igreja exercia uma enorme influência, as gordinhas voltaram a ser valorizadas: quanto mais saliente fosse a barriga da mulher, mais bonita esta era considerada. Até mesmo enchimentos para aumentar o volume da região eram utilizados. O ventre saliente estava relacionado, principalmente, ao processo de gestação.

No renascimento, o padrão de beleza e sensualidade continuou a ser basicamente o mesmo do período medieval: as gordinhas ainda eram as mulheres mais desejadas e valorizadas.


Ainda hoje estudiosos garantem que os homens se interessam instintivamente por mulheres que demonstrem a possibilidade de gerar filhos saudáveis e, assim, propagar seus genes.

Já no século XVII, a partir do Barroco, a forma ideal da beleza feminina foi demonstrada de formas mais frágeis: espartilhos afinando as cinturas passaram a ser amplamente utilizados. Até mesmo intervenções cirúrgicas eram efetuadas: a cirurgia plástica da época consistia na remoção da ultima costela afim de afinar a silueta da mulher.


No século passado, por volta dos anos 20, a emancipação feminina fez com que os espartilhos caíssem em desuso. As mulheres enrolavam faixas sobre a roupa para achatar os seios e os quadris. O ideal eram cinturas, seios e quadris parecidos nas medidas, retomando alguns princípios do padrão de beleza grego. Já nos anos 40, existia o estereotipo da “mulher macho”, uma mulher masculinizada devido, principalmente, à Segunda Guerra Mundial, que exigiu a força do trabalho feminino em atividades tradicionalmente masculinas. Nos anos 60, chega a “era da magreza” e dos traços de boneca. Estas passam a ser as características mais desejadas pelas mulheres e apreciadas pelos homens. Começa aqui o sonho de ser eternamente jovem. Os anos 80 é marcado pela aparição dos corpos musculosos. Mulheres malhadas poderiam enfrentar os homens no mercado de trabalho e defender-se da violência praticada contra elas. No final desta década, o ideal perseguido é o de um corpo saudável. As mulheres passam a esbanjar curvas, o que havia deixado de acontecer nos anos 90 e 2000, onde o padrão sugerido era o de aparência absolutamente magra. Nesta busca, a anorexia cresce entre as adolescentes, contudo as mulheres passam a desejar seios grandes que, com o advento dos implantes de silicone, passa a ser uma característica acessível.


Anos 20, 40, 60 e 80

Das mulheres cheinhas das obras de arte de artistas da época do Renascimento, até aos conceitos de beleza feminina atuais, vemos que os padrões de beleza sempre existiram e que estes foram sendo alterados à medida que as relações sociais, os estilos de vida e a tecnologia também mudavam.

Os estereótipos podem ser definidos, segundo o psicologo Marcos Emanoel Pereira, com “artefatos humanos socialmente construídos, transmitidos de geração em geração, não apenas através de contatos diretos entre os diversos agentes sociais, mas também criados e reforçados pelos meios de comunicação, que são capazes de alterar as impressões sobre os grupos em vários sentidos”.

Os estereótipos de beleza divulgados pela mídia interferem na auto-estima de todos, mas principalmente das representantes do sexo femino. O termo hiper-realidade, uma realidade mais real do que a nossa realidade, e por isso mais envolvente , abrange essa nova forma de controle. Nada é o que parece, mas nós acreditamos neste mundo ideal porque somos envolvidos por ele diariamente.



Exemplo mais claro do que as capas de revistas não há: qualquer revista especializada, por exemplo, em beleza ou moda, que estampar uma mulher na capa, não aceitará nada menos do que um corpo perfeito e uma pele de pêssego nesta mulher. Contudo isto não quer dizer que as publicações correspondem à realidade já que, com o advento da informática e dos programas de manipulação de imagem, qualquer modelo comum e fora dos padrões pode se tornar uma diva com apenas alguns clicks.

A publicidade estimula este estereotipo. É comum campanhas que utilizam-se de mulheres lindas com corpos esculturais. Podemos citar como exemplo as camapanhas hard-sell da Nissan e até mesmo a da cerveja Bem Devassa. A cantora Sandy não pode ser considerada um “mulherão”, mas não está fora do padrão contemporâneo de beleza.




A Unilever, utilizando-se da linha de produtos DOVE, lançou há algum tempo uma campanha que ia na contra-mão de todos estes valores denominada Real Beleza para mostrar “a beleza que está em cada um”. As produções lutavam contra os tão enraizados estereótipos apresentando mulheres consideradas normais ou mesmo feias segundo os padrões de beleza da sociedade. Em um tempo onde é crescente o número de produtos milagrosos anunciados em campanhas que, ditatorialmente, impõem padrões de beleza, a Dove com essa campanha propõe uma visão, digamos, democrática desta, onde todos podem se sentir bem como são. Em uma de suas propagandas, a empresa apresenta o processo de criação de uma campanha onde uma modelo é completamente modificada através de técnicas de maquilagem e de informática para se adequar ao padrão “modelo de capa de revista”. A propaganda foi pensada inicialmente como um viral e acabou por ser veiculada também na TV. Nos dois meios de comunicação está foi premiada. E com razão.

Texto 2



Pois é, acabei lendo uma matéria no jornal Estadão e eis que surge mais um rótulo para a vida moderna. Então, segundo vários filósofos e escritores neo hedonistas a humanidade está caminhando para uma vida hedonista. E o que seria isso?

Primeiro a definição de Hedonismo -É a tendência a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável.

Agora a matéria doEstadão:
Os novos hedonistas
Michel Onfray é um fenômeno editorial. Capaz de vender 200 mil exemplares de um livro de filosofia só na França, o jovem professor é visto por seus pares como um Paulo Coelho com doutorado em Nietzsche. Com 48 anos já publicou mais de 30 livros, entre eles Tratado de Ateologia, que a editora Martins Fontes coloca agora no mercado, fazendo crescer a lista de seus títulos brasileiros. Como Onfray, identificado como o filósofo do prazer, outros pensadores franceses têm embarcado na nave dionisíaca do hedonismo rumo à conquista do espaço ocupado no passado pelos gauchistes de Saint-Germain-des-Près. A civilização de Apolo chegou ao fim, decretam novos hedonistas como ele e Gilles Lipovetsky, que também lançou este mês seu livro A Sociedade da Decepção (Editora Manole) no Brasil. Lipovetsky e Onfray concederam entrevistas ao Estado e foram analisados em outro encontro com o jornal pelo sociólogo Michel Maffesoli, autor do também recém-lançado O Ritmo da Vida (Editora Record).
Lipovetsky, que cunhou o termo hipermodernidade para definir a sociedade contemporânea, marcada pela cultura do excesso, não vê nada de mal em incentivar o prazer e o consumo. Serviu até de consultor de grifes de moda, seu assunto preferido. A exemplo de Onfray, é um best-seller em seu país com livros como A Era do Vazio e O Império do Efêmero. Parece estranho que títulos como esse, que traduzem a dramática falta de valores perenes, atraiam tantos leitores, mas o mundo contemporâneo, diz Lipovetsky, é mesmo paradoxal. Seu hipermaterialismo relança, diz ele, exigências espirituais e éticas que vão mudar esse panorama. O homem hipermoderno seria também um hiperindividualista que, sofrendo as pressões da vida profissional e privada, assume o papel de legislador da própria existência – daí a lógica hedonista que, garante o filósofo, vai continuar a organizar o nosso cotidiano.
Vivendo numa época de ceticismo, os jovens, observa o sociólogo Maffesoli, perseguem o gozo por desconfiança na política e nos políticos. Eles não querem o êxtase revolucionário, mas o “êxtase doméstico”, tribal. Maffesoli é o pensador do nomadismo e do tribalismo. Acredita que as migrações – não só de território como profissionais e sexuais – vão alterar a face do homem no futuro. O mundo que está por vir, diz ele, não é o da razão triunfante, mas o do ventre.
No site tem o inicio da entrevista com Michel Onfray -
http://txt.estado.com.br/editorias/2007/06/17/cad-1.93.2.20070617.50.1.xml.

Vale a pena ler o começo da entrevista….

Texto 3
Especial  (Revista Veja 02/jul/2008)
Quando o belo ganha a máscara da plástica
Bem feitas e bem indicadas, as cirurgias estéticas representam um ganho para a auto-estima. Mas a  falta de bom senso está à vista de todo mundo

Anna Paula Buchalla
Pouco tempo atrás, a escritora americana Stacy Schiff desfrutava uma linda tarde ao lado de um amigo francês que visitava Nova York pela primeira vez. No fim do dia, porém, ele mostrou-se intrigado. Queria saber o que havia acontecido com as pessoas mais velhas na cidade. Seus rostos eram esticados demais, lustrosos demais. Em Paris, disse ele, os velhos pareciam velhos – e não havia nada de errado nisso. A idade do amigo francês de Stacy: 8 anos. Sim, até mesmo uma criança mais observadora pode perceber que algo de estranho vem ocorrendo. E não só em Nova York, é claro. Basta ir a shoppings e restaurantes de qualquer grande cidade brasileira, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, para deparar com pessoas de pele alaranjada (sessões de bronzeamento artificial podem dar esse efeito), maçãs do rosto salientes, testa estirada, lábios inflados e dentes branquíssimos, de uma alvura inexistente na natureza. É um contingente que, pelo jeito, tende a aumentar, graças aos avanços técnicos e ao barateamento dos procedimentos estéticos. Ficou mais fácil, enfim, fazer uma intervenção atrás da outra – e isso dá vazão à obsessão doentia pela manutenção da beleza e juventude. "O resultado dessa obsessão são bizarrices produzidas por falta de bom senso não só dos pacientes, como dos próprios médicos", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo, João de Moraes Prado Neto.
Não há nada de errado em querer consertar uma falta de acabamento congênita, melhorar a silhueta castigada pelo excesso de comida e pelo sedentarismo ou atenuar as marcas do tempo. É uma forma perfeitamente compreensível e legítima de conservar (ou restaurar) a auto-estima. Um nariz menos adunco, uma ruguinha cancelada, uns quilinhos aspirados – e eis que a beleza deixa de ser apenas a promessa de felicidade, para citar a frase do escritor francês Stendhal. A questão é quando se exagera na dose. Tem-se aí uma patologia. Pessoas que não se cansam de encontrar defeitos ao espelho (na maioria das vezes, inexistentes) e, para corrigi-los, perseguem compulsivamente um padrão estético inatingível sofrem do que os médicos chamam de transtorno dismórfico corporal. Descrito em 1987 pela Associação Americana de Psiquiatria, o distúrbio, nos casos mais graves, causa ansiedade e depressão profundas – e pode levar a pessoa a deformar-se nas mãos de cirurgiões inescrupulosos.
Um estudo inédito conduzido pela médica Luciana Conrado, com 350 pacientes da dermatologia do Hospital das Clínicas, de São Paulo, constatou que 14% deles apresentavam o problema. Nos consultórios dos plásticos, a incidência fica em torno de 10%. Há vítimas de dismorfia que chegam a submeter-se a nove cirurgias de nariz. [...]
Como ninguém faz nove plásticas de nariz sem que haja um cirurgião disposto a cometer excessos, tem-se aí um duplo problema. "É a pior combinação: o paciente que quer fazer tudo somado ao médico sem escrúpulos que o submete a procedimentos incontáveis e desnecessários", diz o dermatologista Guilherme de Almeida, do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. [...]
Tamanho é o poder de convencimento dos médicos que está em curso um novo fenômeno no universo das cirurgias cosméticas: o do tratamento preventivo. É uma maneira de abocanhar um filão de gente muito jovem, que nem deveria estar pensando em Botox ou plástica. Moças com pouco mais de 20 anos agora aplicam injeções de toxina botulínica na testa para prevenir as futuras rugas de expressão. Mulheres de 35 anos submetem-se a liftings – chamados eufemisticamente de mini-liftings, embora nenhum procedimento que requeira anestesia, corte e descolamento da pele possa ser considerado míni. O argumento por trás do tratamento preventivo é mexer um pouco já para evitar grandes intervenções lá na frente. O resultado? Mulheres de 30 anos que se parecem com mulheres de 40 tentando aparentar 30. [...]
A indústria das celebridades, evidentemente, tem um papel nefasto no estabelecimento de padrões estéticos atingíveis apenas por meio de plásticas ou intervenções dermatológicas. Para não falar de reality shows comoExtreme Makeover e Dr. Hollywood, que fazem a transformação radical parecer algo tão simples quanto mudar o corte do cabelo. Nesses programas, passa-se ao largo dos riscos de complicações, da dor e do desconforto do pós-operatório. [...]
Por vender a idéia de que é possível ter o corpo dos sonhos, o rosto perfeito, a cirurgia plástica é uma das áreas mais lucrativas da medicina. Isso é bom porque favorece o desenvolvimento constante de novas tecnologias. E os avanços tornaram os procedimentos acessíveis a uma quantidade enorme de pessoas. O lado sombrio é que a busca por um ideal de beleza inatingível e pela eterna juventude alcançou proporções preocupantes. [...]  Em uma cultura obcecada pela aparência (na verdade, por uma aparência pasteurizada) e juventude, as pessoas que não têm a intenção de mexer no próprio corpo passam por desleixadas. [...]
Conselho dos médicos sérios para mulheres e homens que querem melhorar o aspecto físico, mas sem vestir a máscara da plástica? "A chave do rejuvenescimento está em evitar mudanças drásticas, principalmente no rosto", diz o cirurgião Prado Neto. Antes de mais nada, é preciso entender que o conceito de belo envolve proporção, simetria e equilíbrio. A beleza do rosto de uma mulher está nas maçãs salientes, nos lábios carnudos, nos seios razoavelmente fornidos. No rosto de um homem, ela está expressa principalmente na ossatura angulosa. Mas, como a face não é feita de estruturas isoladas, sua harmonia está no conjunto. Às vezes, uma rinoplastia para reduzir o nariz é uma péssima idéia. Dependendo do formato do rosto, o nariz pequeno destrói a simetria facial, ao criar a impressão de que os olhos ficaram próximos demais. Os famosos lábios de Angelina Jolie são resultado de uma combinação harmoniosa. No rosto de outra pessoa, podem ser – e são em grande parte das vezes – um desastre estético. É possível chegar enxuta (ou enxuto) aos 60 anos, sem destruir a beleza do tempo vivido. Feio é querer aparentar vinte anos a menos. Essa história nunca acaba bem. A menos, é lógico, que você ache a máscara da plástica um ótimo padrão estético.
 PROVA UNESP 2007
INSTRUÇÃO: As questões de números 04 a 07 se baseiam na letra do samba-canção Escultura, de Adelino Moreira (1918-2002) e Nelson Gonçalves (1919-1998) e numa passagem do romance O Garimpeiro, do escritor romântico Bernardo Guimarães (1825-1884).



Escultura
Cansado de tanto amar,
Eu quis um dia criar
Na minha imaginação
Uma mulher diferente
De olhar e voz envolvente
Que atingisse a perfeição.

Comecei a esculturar
No meu sonho singular
Essa mulher fantasia.
Dei-lhe a voz de Dulcinéia,
A malícia de Frinéia
E a pureza de Maria.

Em Gioconda fui buscar
O sorriso e o olhar,
Em Du Barry o glamour,
E, para maior beleza,
Dei-lhe o porte de nobreza
De madame Pompadour.

E assim, de retalho em retalho,
Terminei o meu trabalho,
O meu sonho de escultor,
E, quando cheguei ao fim,
Tinha diante de mim
Você, só você, meu amor.

(Adelino Moreira e Nelson Gonçalves. Escultura. In: Nelson Gonçalves. A volta do boêmio. CD n.o 7432128956-2, Sonopress BMG Ariola Discos, Ltda., São Paulo, 1996.)


O garimpeiro

Lúcia tinha dezoito anos, seus cabelos eram da cor do jacarandá brunido, seus olhos também eram assim, castanhos bem

escuros. Este tipo, que não é muito comum, dá uma graça e suavidade indefinível à fisionomia.

Sua tez era o meio termo entre o alvo e o moreno, que é, a meu ver, a mais amável de todas as cores. Suas feições, ainda que não eram de  Irrepreensível regularidade, eram indicadas por linhas suaves e harmoniosas. Era bem feita, e de alta e garbosa estatura.

Retirada na solidão da fazenda paterna, desde que saíra da escola, Lúcia crescera como o arbusto do deserto, desenvolvendo em plena liberdade todas as suas graças naturais, e conservando ao lado dos encantos da puberdade toda a singeleza e inocência da infância.

Lúcia não tinha uma dessas cinturas tão estreitas que se possam abranger entre os dedos das mãos; mas era fina e flexível. Suas mãos e pés não eram dessa pequenez e delicadeza hiperbólica, de que os romancistas fazem um dos principais méritos das suas heroínas; mas eram bem feitos e proporcionados.

Lúcia não era uma dessas fadas de formas aéreas e vaporosas, uma sílfide ou uma bayadère*, dessas que fazem o encanto dos salões do luxo. Tomá-la-íeis antes por uma das companheiras de Diana a caçadora, de formas esbeltas, mas vigorosas, de singelo mas gracioso gesto.

Todavia era dotada de certa elegância natural, e de uma delicadeza de sentimentos que não se esperaria encontrar em uma roceira.

(*) Bayadère (francês): dançarina das Índias, dançarina de teatro. (Bernardo Guimarães. O garimpeiro - romance. Rio de Janeiro: B.L. Garnier Livreiro-Editor do Instituto, 1872, p. 14-16.)



04. Na descrição da beleza das mulheres, os escritores nem sempre se restringem à realidade, mesclando aspectos reais e ideais. Uma das características do Romantismo, a esse respeito, era a forte tendência para a idealização, embora nem todos os ficcionistas a adotassem como regra dominante. Com base nestas informações, releia atentamente o quarto parágrafo do fragmento de O garimpeiro e identifique na descrição da personagem Lúcia uma atitude crítica do narrador ao idealismo romântico.



R E D A Ç Ã O

INSTRUÇÃO: Leia atentamente as frases seguintes, que podem ser encontradas em textos de toda a mídia.

Em apenas cinco minutos, você pode chapar a barriga – Detone quatrocentas calorias em uma hora – Experimente a nova dieta anticelulite – Elimine os sinais de envelhecimento – Ganhe uma barriguinha seca e um corpo em forma em nossa academia – A nossa dieta enxuga a gordura do corpo e deixa a cintura fininha – Faça ginástica facial para eliminar rugas e linhas de expressão – Dez exercícios para esculpir suas pernas e coxas – Desenvolva rapidamente seus bíceps – Ganhe músculos em seis meses e conquiste todas as gatas – Torne-se um homem de corpo sarado e jeito de menino – Desfile na praia com o corpo dos seus sonhos –

Turbine seus lábios – Você pode ter um culote sequinho – Deixamos sua barriga zerada – Você pode ser mais bonita: rinoplastia, lipoaspiração, mamoplastia de aumento, mamoplastia de redução, lifting facial – Ganhe pernas e bumbum torneados – Exercícios para ficar com seios exuberantes – Com alguns minutos por dia, deixamos seu corpo douradinho – Você pode mudar a cor de seus olhos – Só tem cabelos brancos quem quer.

Proposição

Os textos das questões de números 04 a 05 focalizam o tema da beleza, particularmente da beleza das mulheres, em diferentes épocas. As frases apresentadas como base para esta redação, todas fundamentadas em matérias de revistas dirigidas para a cultura física, estética e emagrecimento, colocam a questão da busca da beleza física, não apenas pelas mulheres, mas também pelos homens nos dias atuais. Estimulada intensamente pela mídia, a busca da saúde se confunde freqüentemente com a busca, pelo homem e pela mulher, de um corpo esbelto, bem composto e delineado, capaz de causar inveja e de impressionar o sexo oposto. Para atingir esse objetivo, muitas pessoas fazem quaisquer tipos de sacrifícios, não poucas vezes dando maior importância à aparência do que à própria saúde física e mental. Com base neste comentário e, se julgar necessário, nas frases que serviram como exemplo, faça uma redação em prosa, de gênero dissertativo, sobre o tema



A BUSCA DA BELEZA DO CORPO NOS DIAS ATUAIS


ESBOÇO DO TEXTO

a)       tema:

b)       problema (analisar o tema e identificar qual é o problema levantado):

c)        exemplos do problema:

d)       Causas do problema:

e)       Consequências do problema ( cuidado para não confundir com o problema – observar o que o problema vai gerar de conseqüência para a sociedade):

f)        Meta: que resultados quero alcançar ao eliminar o problema (ligado à causa)

g)       Benefícios que os resultados podem trazer (ligado às conseqüências)

h)       O que é que se faz para chegar a esse resultado? (proposta de intervenção- de ação social – não governamental- parte da sociedade civil)