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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O papel da educação na construção da cidadania

Oi, pessoal, como prometi, mais uma proposta de redação

 Tema: O papel da educação na construção da cidadania


Texto 1: O que é cidadania?
No decorrer da história da humanidade surgiram diversos entendimentos de cidadania em diferentes momentos – Grécia e Roma da Idade Antiga e Europa da Idade Média. Contudo, o conceito de cidadania como conhecemos hoje, insere-se no contexto do surgimento da Modernidade e da estruturação do Estado-Nação.
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição. Ao contrário dos direitos humanos – que tendem à universalidade dos direitos do ser humano na sua dignidade –, a cidadania moderna, embora influenciada por aquelas concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui duas categorias: formal e substantiva.
A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de pertencimento a um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania brasileira. Em segundo lugar, na ciência política e sociologia o termo adquire sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais. Essa última forma de cidadania é a que nos interessa.
A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo clássico de T.H. Marshall – Cidadania e classe social, de 1950 – que descreve a extensão dos direitos civis, políticos e sociais para toda a população de uma nação. Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª Guerra Mundial, após 1945, com aumento substancial dos direitos sociais – com a criação do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) – estabelecendo princípios mais coletivistas e igualitários. Os movimentos sociais e a efetiva participação da população em geral foram fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e civis alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico, lazer, educação e político.
A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições.
No Brasil ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, apesar das extraordinárias conquistas dos direitos após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a cidadania está muito distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, da taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional das vítimas da violência particular e oficial.
Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho, no Brasil a trajetória dos direitos seguiu lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais, implantados em período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador que se tornou popular (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a expansão do direito do voto deu-se em outro período ditatorial, em que os órgãos de repressão política foram transformados em peça decorativa do regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no Brasil] foi colocada de cabeça para baixo”.1
Nos países ocidentais, a cidadania moderna se constituiu por etapas. T. H. Marshall afirma que a cidadania só é plena se dotada de todos os três tipos de direito:
1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento; direito de propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18;
2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou eleitor, no conjunto das instituições de autoridade pública, constituída no século 19;
3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança até ao direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes na sociedade, que são conquistas do século 20.

Segundo Martins (2010), para ser considerado um cidadão pleno, o sujeito tem que exercer plenamente os três direitos acima citados.  Caso isso não ocorra, podemos ter o cidadão – aquele que possui apenas alguns deles – ou ainda o não-cidadão, que é aquele que não possui nenhum dos três direitos.  Carvalho (2008) ressalta ainda que, os direitos civis “são os direitos fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei” (p. 9). Os direitos políticos “se referem à participação do cidadão no governo da sociedade” (Ib. Idem.). Por fim, salienta que, “[...] os direitos sociais garantem a participação na riqueza coletiva. Eles incluem o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria” (Carvalho, p.10).
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1CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. pp. 219-29
Orson Camargo Colaborador Brasil Escola Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Texto 2: Trajetória história da educação

A RELACÃO EDUCAÇÃO E SOCIEDADE ATRAVÉS DA HISTÓRIA
Nos anos 50 e até o início da década de 60, a educação é sobretudo considerada um instrumento de mobilidade social. Neste quadro, além das funções de socialização e de formação, a educação deveria dar “status” aos indivíduos.
A educação representava, para o indivíduo, a possibilidade de ascensão  na hierarquia de prestígio que caracterizava a estrutura piramidal da sociedade e, para a sociedade, uma maior abertura do sistema de estratificação social.
Nesse período, o contexto mundial é caracterizado pela reestruturação social abalada pela Segunda Guerra Mundial, pelo fortalecimento do bloco socialista e pela configuração dos sistemas capitalistas e socialista em áreas definidas. Havia então uma preocupação com a legitimação da social-democracia, ameaçada pela ideologia fascista do passado e pelo socialismo soviético.
No Brasil, Florestan Fernandes (1972) caracteriza esse período pela passagem de uma ordem social estamental para uma ordem competitiva. Além disso, é um momento em que as ideias de democracia (mais populista do que liberal no Brasil) eram enfatizadas, e através delas pretendia-se diminuir o poder das oligarquias, fortificar a burguesia nascente e dar uma certa participação eleitoral às massas.
Nessa sociedade mais aberta que emergia, mesmo a educação continuando a ter uma função decorativa de consolidar “status” sociais definidos por critério de origem socioeconômica, ela também passa a ser requerida como um instrumento de mobilidade social ascendente, sobretudo para as classes médias.
Também tem lugar a substituição de importações após a grande depressão mundial, quando ocorreu um rompimento com o modelo agroexportador. Daí resulta um estímulo considerável à industrialização de bens de consumo duráveis. Nesse sentido, a educação tinha um papel importante no processo de legitimação pelo grau de abertura da sociedade. Uma sociedade em processo de industrialização e de democratização deveria mostrar um sistema de estratificação social mais fluído.
Diferente é o período posterior. Durante o governo autoritário, em vez de uma preocupação predominante dos estudos em mostrar alterações quanto a barreiras sociais menos rígidas, típica de uma ideologia democrática, a intenção era sobretudo mostrar a possibilidade de rendimentos oferecida pela educação, ou seja, evidenciar os seus aspectos econômicos, típica de uma ideologia desenvolvimentista. [...]
Essa visão de educação repercute na sociedade em termos de crescimento econômico e nos indivíduos quanto à melhoria de renda, através de uma maior qualificação para o mercado de trabalho.
Nesse período, mundialmente, há a consolidação do sistema capitalista monopolista em contraposição ao sistema socialista. [...] No Brasil, esse período é caracterizado pela importância da intervenção do Estado na economia, visando a superação do subdesenvolvimento. Ocorreram uma industrialização progressiva e uma internacionalização da estrutura produtiva, aspectos já observados ao final da década de 50. O desenvolvimento era considerado enquanto modernização e, neste sentido, a inserção do país no mercado internacional era essencial.[...]
A partir de 1968 começa uma nova fase de expansão que vai levar ao chamado “milagre econômico brasileiro”. Neste quadro, delineia-se uma política educacional preocupada sobretudo com a rentabilidade dos investimentos educacionais. Frutos dessa política são a Reforma Universitária de 1968 e a Lei de Profissionalização do Ensino Médio de 1971, que se baseavam na constatação da deficiência de mão-de-obra qualificada necessária ao desenvolvimento econômico do país e da discrepância entre a preparação oferecida pelo sistema educacional e as necessidades da estrutura de emprego.
As universidades passam então a ter a função social de qualificar recursos humanos e produzir conhecimento científico e tecnológico, no sentido de permitir a expansão industrial brasileira.
Assim, há uma mudança na forma de legitimação possibilitada pela educação. Se anteriormente a mobilidade social resultante do acesso à educação expressava uma sociedade mais aberta e democrática, nas décadas de 60 e 70 a legitimação tem base mais econômica, ou seja, o importante é o papel da educação no desenvolvimento. [...]
No final da década de 70, a abertura política começa ao mesmo tempo em que se assiste o final do milagre econômico brasileiro. Neste período, a educação passa a ser considerada politicamente, em que se coloca sobretudo o seu papel na construção da cidadania. Trata-se de um momento de crise de legitimação do Estado, em que os movimentos sociais tiveram um papel importante no sentido de retorno à democratização do país. Há um aprofundamento da discussão sobre o papel das políticas sociais, das políticas públicas na construção da democracia e cidadania, ao lado dos avanços na democratização do país que culminaram com a instituição da anistia, a criação de novos partidos políticos e a realização das primeiras eleições diretas para governadores.
[...] Neste sentido, a democratização do acesso e da gestão da educação era fundamental, tornando então crucial a questão do ensino público em termos da gratuidade e da garantia de recursos públicos e das eleições para os cargos diretivos das instituições educacionais. [...]
Assim, a educação traria para o indivíduo a sua cidadania no sentido tanto do acesso ao ensino público e gratuito como da sua participação nas diferentes esferas do poder, o que significaria, para a sociedade, uma maior democratização e também uma maior autonomia (através da capacitação científica da universidade), ou seja, a legitimação inspirada pela educação era mais de caráter político.
Já na década de 90, a educação é considerada, sobretudo, promotora de competitividade. Essa educação que possibilita a competitividade dá ao indivíduo a condição de empregabilidade e traz para a sociedade a modernidade associada ao desenvolvimento sustentável.
O novo contexto mundial é marcado pela globalização e pela menor intervenção do estado na economia, o que estimula ainda mais a competição entre os países e entre as empresas. Além disso, começa a se instalar um novo paradigma produtivo, cuja base técnica é eletroeletrônica, própria do sistema industrial de automação microeletrônica e que está ancorado sobretudo no conhecimento e na educação.
Enquanto o fordismo caracterizava-se pela rigidez e simplificação do trabalho, pelo parcelamento de tarefas e pela especialização do conhecimento, o toyotismo (originado no Japão), paradigma vinculado à base eletroeletrônica, tem como características a maleabilidade, a conjugação de tarefas e o conhecimento mais holístico com maior potencial de criatividade. Essas novas tendências levam a pensar o conhecimento pela interdisciplinariedade, intercambialidade e experimentação  (Peliano, 1998). Nesse contexto, educação e conhecimento estão muito associados a desenvolvimento científico e tecnológico que, por sua vez, levam à competitividade.
Diante do processo de globalização, da maior abertura do nosso país ao mercado internacional e da tentativa de entrar no novo paradigma produtivo, a formação de recursos humanos torna-se importante para aumentar a nossa competitividade, seja pela formação de pesquisadores altamente qualificados pelas universidades e pelo sistema de pós-graduação e que são responsáveis pela produção científica de ponta e pela produção de novas tecnologias, seja pela modernização tecnológica das empresas que dependem da pesquisa científica de ponta e também da educação básica e profissional de sua mão-de-obra.
Dessa forma, os indivíduos tornam-se mais competitivos no mercado, ou seja, com maior grau de empregabilidade, assim como as empresas ficam mais competitivas no mercado internacional, contribuindo para o desenvolvimento de nossa sociedade. Percebe-se nesse contexto uma legitimação de caráter mais econômico, possibilitada pela educação.
[...] Educação, ciência e tecnologia estão sendo consideradas um tripé para o desenvolvimento.
Embora a racionalidade econômica permeie a ideia de educação para a competitividade na política educacional brasileira recente, não se pode ignorar, entretanto, uma concepção social da educação, no que se refere à ampliação das oportunidades educacionais para diminuir as desigualdades sociais, concretizando-se, dessa forma, uma sociedade mais justa. No período da redemocratização, a cidadania política foi muito reforçada, porém atualmente verifica-se que essa não foi suficiente para consolidar uma maior participação na sociedade, ou seja, uma maior cidadania social. Por essa razão, a educação passa a ser também considerada promotora de cidadania social.
As idéias de cidadania política e social têm suas origens no pensamento de Marshall (1979), quando o autor vincula o conceito de cidadania a partir do desenvolvimento dos direitos, iniciando com o aparecimento dos direitos civis, políticos e, finalmente, os sociais. Os direitos civis referem-se aos direitos necessários à liberdade individual, os direitos políticos compreendem a participação no exercício do poder e os direitos sociais, que surgem no século XIX, correspondem ao desenvolvimento das leis trabalhistas e à implantação da educação primária pública. São estes direitos que constituem a cidadania social, diferentemente da cidadania política mais característica do período anterior e que se limitava sobretudo à participação no poder.
Ou seja, a educação é importante para o país enquanto condição de competitividade, no sentido de permitir a entrada no novo paradigma produtivo que é baseado, sobretudo, na dominação do conhecimento. Porém, a educação também é considerada relevante no que se refere ao seu papel de diminuição das desigualdades sociais, ou seja, como promotora de cidadania social. Dessa forma, o desenvolvimento é obtido através de uma maior competitividade dos indivíduos, das empresas e do país no mercado internacional, bem como através de uma maior participação social dos cidadãos. Isto é o que indicam as políticas mais recentes para a área educacional, que priorizam o ensino fundamental e procuram avaliar e reformar os ensinos médio e superior. FERNANDA A. DA FONSECA SOBRAL Professora do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n1/9797.pdf

Texto 3: Cotas, mérito e democracia

08/10/2012 - 03h00 Folha de São Paulo online
Desde a transição democrática, em 1985, a sociedade brasileira tornou-se melhor. Não tanto no plano econômico, onde o progresso foi modesto, mas nos planos social e político, onde os avanços foram grandes.
Somos ainda uma sociedade injusta, mas a desigualdade diminuiu; somos ainda uma sociedade autoritária, mas agora os eleitores pobres têm voz e são respeitados; somos ainda uma sociedade elitista, mas nos demos conta desse fato, e estamos tentando construir, mais do que um Estado democrático, também uma sociedade democrática.
Talvez a demonstração mais extraordinária dessa mudança de atitude foi a aprovação no Congresso Nacional e a sanção pela presidente Dilma da lei que estabeleceu uma cota geral de 50% das vagas nas universidades públicas e escolas técnicas federais para os estudantes das escolas públicas oriundos de famílias com até um salário mínimo e meio per capita.
O que imediatamente me ocorreu, ao ver os deputados e senadores aprovarem uma lei com alto conteúdo democrático e humano como é esta, foi que os brasileiros não se deixaram perverter pelo individualismo feroz dos 30 Anos Neoliberais do Capitalismo (1979-2008).
Que, não obstante as críticas insistentes que os ricos e a classe média tradicional vêm fazendo à política de cotas, as ideias de solidariedade e de coesão social falaram mais alto no Brasil.
E que seus representantes no Parlamento, hoje tão prejudicados em sua imagem, souberam compreender esse fato.
Mas "essa política não considera o mérito", dizem os críticos conservadores. Mérito medido de que maneira? Mérito medido em exames vestibulares, quando o último Ideb para o ensino médio foi de 3,5 para os alunos das escolas públicas contra 5,7 para as escolas privadas?
Essa diferença brutal deixa muito clara a imensa desvantagem dos pobres na competição para chegar ao ensino superior no Brasil. Portanto, em termos de justiça, a política de cotas está corretíssima.
Mas estará essa política correta em termos de eficiência, entendida esta como o melhor uso dos recursos humanos do país? Não estaríamos com ela dificultando que os jovens com maior potencial cheguem à universidade? Pelo contrário, argumento que a política de cotas dá oportunidade aos melhores.
O raciocínio é simples, e não está baseado no fato bem conhecido de que os jovens pobres são mais motivados pelo estudo. Os estudantes das escolas públicas representam cerca de 80% do total dos alunos do ensino médio.
Se supusermos que, em termos de potencial inato, os estudantes das escolas públicas e particulares são em média igualmente inteligentes e criativos, é necessário concluir que os 2% de alunos mais brilhantes dos 80% por cento das escolas públicas são, em média, mais capazes que os mesmos 2% dos 20% das escolas particulares.
Creio que este raciocínio explica a experiência das universidades que introduziram cotas. Os alunos por elas beneficiados têm desempenho geralmente muito bom, não obstante terem aprendido muito menos nas suas escolas do que os alunos das escolas privadas.
Com a política de cotas as universidades que tomaram a iniciativa de adotá-las, os brasileiros e agora o Parlamento brasileiro que as torna obrigatórias não estão sendo apenas democráticos e solidários; não estão apenas pensando em justiça.
O argumento da justiça já seria suficiente para justificá-la, mas quando a ele se soma o do mérito associado ao do potencial, a política de cotas ganha plena inteligibilidade e legitimidade.
Luiz Carlos Bresser-Pereira 
Texto complementar:  O que é neoliberalismo 
Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Caixa de texto: O protecionismo é um mecanismo usado pelo governo dos países para proteger as indústrias nacionais da concorrência externa. O protecionismo é um mecanismo usado pelo governo dos países para proteger as indústrias nacionais da concorrência externa.



Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços  por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e
demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por  empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Críticas ao neoliberalismo

Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

Pontos positivos

Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. 
PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir dos textos lidos e de seu conhecimento de mundo sobre o tema, escreva um texto dissertativo argumentativo discutindo a seguinte questão: “ Qual é o papel da educação no mundo contemporâneo?” 
Sugestão de estrutura:

Introdução: Alusão histórica  (evolução da função da educação no decorrer do tempo)
Desenvolvimento: a) demandas sociais contemporâneas
        b) a situação da educação hoje – como é e como deveria ser em relação a essas demandas.  (pode usar: analogias, exemplos, dados estatísticos, causas, consequências, etc.)
Conclusão:  Proposta de intervenção : a) que resultados pretende-se alcançar em relação ao que foi exposto?
                                                                   b) que benefícios esses resultados podem trazer
       c)O que se pode fazer para chegar a esse resultado?












quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tema 3 - Novo Código Penal - Parte 1

Olá, Galera,

Nesta semana vamos começar a discutir alguns temas polêmicos inspirados no anteprojeto do CPP (Código de Processo Penal ), que está sendo discutido pelo Senado. 
Fazem parte do grupo desses temas a proposta de descriminalizar o plantio, compra e o porte de drogas para uso próprio, a ampliação das regras para que a mulher possa realizar aborto sem que a prática seja considerada crime, a eutanásia e a criminalização da homofobia. 

Vamos, então, ao primeiro tema: 

Descriminalização do plantio, compra e porte de drogas

Para  esquentar as turbinas assista ao vídeo abaixo:


Agora registre sua opinião sobre as seguintes questões:



a)                 Qual a mudança que os juristas querem fazer no Código Penal em relação ao porte de drogas?
b)                 Que posicionamentos sobre o assunto são apresentados pela reportagem? Que argumentos utilizam?
c)                  Você concorda com algum desses pensamentos? Por quê?
d)                 Na sua opinião, quais as possíveis consequências da aprovação dessas mudanças no Código?
e)                  Você acha que o Jornal foi tendencioso? Por quê?


Texto 1 
Legalizar as drogas
Após descriminalizar o uso pessoal, em 2006, país deve acelerar debate na direção de rever proibição da maconha e outras substâncias banidas
Folha de S.Paulo 19/06/11
A decisão do Supremo Tribunal Federal de autorizar a Marcha da Maconha dá ensejo para retomar o debate sobre legalização e descriminalização das drogas.
Em realidade, existem dois debates. O primeiro, sobre descriminalização, ou despenalização (eliminar ou abrandar punições ao consumidor), avançou de forma considerável no Brasil.
O segundo, sobre legalização (autorizar produção, venda e consumo de substâncias hoje proibidas), mal caminhou por aqui. Se é que não retrocedeu, como sugere a renitente sanha proibicionista contra manifestações públicas pela mudança na legislação.
Esta Folha defende desde os anos 1990 que se faça uma discussão serena e sem preconceito de propostas alternativas para enfrentar o flagelo das drogas.
Em 1994, por exemplo, no editorial “Drogas às Claras”, já reconhecia a falência das políticas repressivas. Advogava que a abordagem policial fosse substituída pela ótica da saúde pública, com ênfase em programas de prevenção e recuperação de dependentes. A legalização, preconizava, acabaria com o prêmio pelo risco que multiplica o valor da droga e, assim, o lucro dos traficantes.
O foco principal, no entanto, ainda recaía sobre a descriminalização. Ela só chegou ao país em 2006, com a lei nº 11.343, que livrou o porte e o consumo pessoal da pena de prisão, substituindo-a por advertência, prestação de serviços e medidas educativas (programas de reabilitação), sob pena de multa. A nova lei deu ao juiz o poder de decidir, em cada situação, se o portador seria considerado consumidor ou traficante.
Um progresso notável, e como tal foi saudado pela Folha. O debate nacional e mundial, contudo, não parou por aí. Ganhou reforços e respeitabilidade o outro ponto de vista, a favor da legalização.
A Holanda autorizou a venda para consumo individual, em cafés especializados (hoje já se discutem ali restrições, como proibir a venda a estrangeiros). Portugal também liberalizou o uso. Surgiu a Comissão Global sobre Política de Drogas, que reúne em favor da tese personalidades como Fernando Henrique Cardoso, George Shultz, Kofi Annan, Mario Vargas Llosa e Paul Volcker.
Tais figuras são insuspeitas de fazer apologia das drogas. Apoiam a tese da legalização com argumentos racionais: bilhões despendidos na guerra contra as drogas não diminuíram a demanda e a oferta (estima-se que o uso de cocaína no mundo tenha aumentado 27% entre 1998 e 2008); o consumo de drogas é irreprimível; produção e venda, se controladas e taxadas, gerariam recursos para prevenção e tratamento.
Os adversários dessa perspectiva argumentam, não sem razão, que tornar as drogas legais provavelmente elevará o consumo. Mesmo que a legalização se restrinja ao que se convencionou chamar de “drogas leves” (categoria que inclui a maconha, por vezes também o ecstasy), haveria o risco de abrir uma porta para as mais pesadas (como crack e cocaína).
São razões ponderáveis, que recomendam cautela, gradualismo e controle na adoção de políticas alternativas. A Folha avalia que chegou o momento de avançar na matéria, dando novos passos para a legalização. Primeiro, da maconha: se ela tem impacto na saúde comparável ao do cigarro e ao do álcool, que se ofereça a possibilidade de consumo dessa outra droga ao público, com limitações análogas às do tabaco e da bebida.
Esse seria o objetivo de médio e longo prazos. Antes haveria necessidade de fazer o tema avançar no plano internacional, pois parece irrealista que um país adote sozinho uma liberalização mais ousada. É crucial coordenar políticas nacionais, e o governo brasileiro deveria engajar-se na promoção do debate em foros multilaterais.
Há aperfeiçoamentos imediatos por fazer, ainda, na política nacional de descriminalização. Faz sentido permitir o uso da maconha em rituais religiosos, como já ocorre com a ayahuasca no culto do Santo-Daime e similares. Seria igualmente desejável limitar o arbítrio de juízes na caracterização de quem é traficante ou apenas usuário, por meio de gradação nas quantidades e tipos de droga.
Por fim, em matéria tão controversa, recomenda-se alguma forma de consulta popular. Se aprovada no Congresso, a legalização da maconha deveria ser submetida a referendo, após acúmulo de dados e estudos para avaliar objetivamente a experiência. A inclusão de outras drogas poderia, em seguida, ser objeto de plebiscito.

Texto 2: Drogas, por um debate aberto e sereno

PAULO TEIXEIRA


A única certeza é a de que não existem soluções mágicas; os nossos jovens usuários não podem ter como interlocutores a polícia e os traficantes


No domingo (17/4), fui surpreendido pela capa deste jornal com os dizeres "Petista defende uso da maconha e ataca Big Mac".
Como o petista, no caso, era eu, e minhas posições sobre política de drogas no Brasil são mais complexas do que a matéria publicada, achei por bem do debate público retomar o tema, com a seriedade e a profundidade que merece.
A reportagem se baseou em frases pinçadas de palestra minha em seminário sobre a atual política de drogas no Brasil, há dois meses.
Lá, como sempre faço, alertei para os perigos do uso de drogas, sejam elas ilícitas ou não. Defendo a proibição da propaganda de bebidas alcoólicas e a regulação da publicidade de alimentos sem informações nutricionais. A regulamentação frouxa fez subir o consumo excessivo de álcool. O cigarro, com regulamentação rígida, teve o consumo reduzido.
Não defendo a liberação da maconha. Defendo uma regulação que a restrinja, porque a liberação geral é o cenário atual. Hoje, oferecem-se drogas para crianças, adolescentes e adultos na esquina. Como pai, vivo a realidade de milhões de brasileiros que se preocupam ao ver seus filhos expostos à grande oferta de drogas ilícitas e aos riscos da violência relacionada a seu comércio.
Por isso, nos últimos 15 anos, me dediquei ao tema, tendo participado de debates em todo o Brasil, na ONU e em vários continentes.
A política brasileira sobre o tema está calcada na Lei de Drogas, de 2006, que ampliou as penalidades para infrações relacionadas ao tráfico e diminuiu as relacionadas ao uso de drogas.
É uma lei cheia de paradoxos e que precisa ser modificada. Não estabeleceu, por exemplo, clara diferença entre usuário e traficante.
Resultado: aumento da população carcerária, predominantemente de réus primários, que agem desarmados e sem vínculos permanentes com organizações criminosas.
Do ponto de vista do aparelho estatal repressivo, há uma perda de foco. Empenhamos dinheiro e servidores públicos para acusar, julgar e prender pequenos infratores, tirando a eficácia do combate aos grandes traficantes.
Outros países têm buscado formas alternativas de encarar o problema. Portugal viveu uma forte diminuição da violência associada ao tráfico por meio da descriminalização do uso e da posse. Deprimiu-se a economia do tráfico e conseguiu-se retirar o tema da violência da agenda política, vinculando as medidas ao fortalecimento do sistema de tratamento de saúde mental.
Na Espanha, há associações de usuários para o cultivo de maconha, para afastá-los dos traficantes. A única certeza é a de que não há soluções mágicas. Nossos jovens usuários não podem ter como interlocutores a polícia e os traficantes.
É preciso retirar o tema debaixo do tapete e, corajosamente, trazê-lo à mesa para que famílias, educadores, gestores públicos, acadêmicos, religiosos e profissionais da cultura, da educação e da saúde o debatam. Esta posição é exclusivamente minha, não é em nome da liderança do PT.
Não tenho, conforme sugeriu a Folha, divergências com a postura da presidenta da República sobre o tema. Aplaudo os esforços extraordinários do governo Dilma no combate ao narcotráfico e na ampliação dos serviços de saúde de atenção aos usuários de drogas. Nesse sentido, sugiro ao governo que eleja uma comissão de estudos de alto nível para ajudar nessa discussão.
A questão não pode ser tratada de forma rasa. O debate público sobre as políticas de drogas deve envolver o conjunto das forças políticas e sociais de todo o país.

PAULO TEIXEIRA, 49, advogado, é deputado federal (PT-SP) e líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br 


Texto 3 - 

Maconha

Embora do ponto de vista científico não esteja claro que a maconha  possa provocar dependência química, não existe consenso popular da existência ou não dessa dependência. Muitos defendem tratar-se de uma droga que não vicia e que a dependência é meramente psicológica. Outros asseguram que vicia sim e, por isso, deve ser mantida na ilegalidade. Há os que acreditam não ter cabimento prender um adolescente por estar portando um cigarro de maconha o que no Brasil, assim como em muitos outros países, é considerado crime.
Desse modo, certas correntes advogam que a maconha deve ser descriminalizada, mas não legalizada, enquanto outras defendem sua legalização, baseando-se no fato de que drogas como o álcool e a nicotina são utilizadas e vendidas com total liberdade, apesar de ninguém ignorar que causam mal à saúde.
É importante, então, esclarecer como a maconha age no organismo. Assim que a fumaça é aspirada, cai nos pulmões que a absorvem rapidamente. De seis a dez segundos depois, levados pela circulação, seus componentes chegam ao cérebro e agem sobre os mecanismos de transmissão do estímulo entre os neurônios, células básicas do sistema nervoso central. Os neurônios não se comunicam como os fios elétricos, encostados uns nos outros. Há um espaço livre entre eles, a sinapse, onde ocorrem a liberação e a captação de mediadores químicos. Essa transmissão de sinais regula a intensidade do estímulo nervoso: dor, prazer, angústia, tranquilidade.
As drogas chamadas de psicoativas interferem na liberação desses mediadores químicos, modulam a quantidade liberada ou fazem com que eles permaneçam mais tempo na conexão entre os neurônios. Isso gera uma série de mecanismos que modificam a forma de enxergar o mundo.
LEGALIZAÇÃO E DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA

Drauzio – Como você encara a legalização da maconha?
Elisaldo Carlini – Sou totalmente contra o uso e a legalização da maconha. No entanto, é necessário distinguir legalização de descriminalização. Quando falo em descriminalizar, não estou me referindo à droga. Estou me referindo a um comportamento humano, individual, que atinge o social. Quando falo em legalizar, falo de um objeto. Posso legalizar, por exemplo, o uso de determinado medicamento clandestino ou de um alimento qualquer desde que prove que eles não são prejudiciais à saúde.
Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada. O que defendo é a descriminalização de uma conduta. Veja o seguinte exemplo: se alguém atirar um tijolo e ferir uma pessoa, não posso culpar o tijolo. Só posso criminalizar a conduta de quem o atirou. A mesma coisa acontece com a maconha. O problema é criminalizar seu uso e assumir as consequências da aplicação dessa lei.
Nos Estados Unidos, num único ano, 600.000 pessoas foram detidas e processadas por posse de maconha e o sistema de justiça americano acabou não fazendo outra coisa do que julgar jovens que, na maioria das vezes, não haviam cometido nenhum outro deslize e ficavam marcados por uma ficha criminal que os prejudicava na hora de conseguir um emprego, por exemplo, e de tocar a vida. Diante disso, vários estados americanos optaram por descriminalizar o uso da maconha. O mesmo fizeram o Canadá e alguns países da Europa, entre eles Portugal. O importante não é punir um comportamento. É corrigi-lo. Para tanto, deve existir um programa eficiente de prevenção e de educação para que a pessoa evite consumir essa ou qualquer outra droga.
Repetindo, sou contra o uso e a legalização, mas favorável à descriminalização da maconha.
Drauzio – Seguindo essa linha de pensamento, você também é contra a legalização do álcool, uma droga com impacto social pior do que o da maconha?
Elisaldo Carlini – Não sou contra a legalização do álcool, porque vivemos uma situação de fato em que seu uso social é aceito e está consagrado. Os resultados da famosa Lei Seca americana já provaram que é impossível proibir o uso do álcool e que, se o fizermos, o tiro pode sair pela culatra.
Não acontece o mesmo com a maconha. A não ser em restritas áreas do mundo, seu uso marginal não é aceito socialmente. Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo. No entanto, não tenho dúvida de que, se ele continuar crescendo, a sociedade terá de enfrentar no futuro o problema da legalização, porque não adianta lutar contra algo imposto pelo comportamento da população em geral.
Por isso, no momento, é preciso empenhar todos os esforços para desenvolver um programa educacional eficiente visando a impedir o aumento do consumo e, quem sabe, até mesmo baixá-lo, já que muito jovem fuma maconha para transgredir a ordem estabelecida. De certa forma, parece que a transgressão faz parte da vida dos adolescentes.
Numa conferência a que assisti recentemente na Universidade Federal de São Paulo sobre descriminalização ou não da maconha, um professor da Bahia colocou a importância da transgressão na formação da personalidade e citou Adão e Eva, os primeiros transgressores da lei, que não respeitaram a proibição divina e comeram a maçã proibida.
Tendo como base as ideias apresentadas nos textos acima, produza uma dissertação sobre o tema: O plantio, compra e o porte de drogas para uso próprio  deve ou não ser descriminalizado?
Utilize o esboço dos temas anteriores

domingo, 5 de agosto de 2012

Tema 2: A água

DESPERDÍCIO  – ÁGUA: "SABENDO USAR, NÃO VAI FALTAR?"




                Queridos alunos, esta semana vamos conversar sobre um tema bastante importante: a água. Para que nossa conversa seja produtiva, por favor, leiam os textos abaixo e retirem as ideias principais para que possamos discutir em sala. 

Então vamos lá...

Nós, humanos, podemos passar cerca de 28 dias sem nos alimentarmos, mas não sobreviveremos a 3 dias inteiros (72 horas) sem que consumamos água. Nesse período, nosso corpo perderá treze litros de água, o que significa desidratação e, posteriormente, morte.
Os habitantes do mundo dito “civilizado” continuam gastando água como se ela fosse um bem disponível para sempre: banhos longuíssimos, torneiras abertas para escovação dos dentes, descargas, louças que se conjugam a torneiras abertas inutilmente.
A água não é um bem disponível para sempre e nossas calçadas e carros não deveriam receber centenas de litros de água tratada de graça, enquanto pelo menos 10 milhões de pessoas morrem diariamente no mundo em decorrência de doenças provenientes da água de que dispõem para beber. O velho ditado, o lugar-comum “Sabendo usar, não vai faltar” de que nossos familiares se utilizavam no passado recente é uma verdade; mas a humanidade deveria começar ontem, já, agora. Ou os próximos habitantes do planeta terão água, mas não poderão dispor dela para beber porque foi desperdiçada, poluída e já não serve para ser consumida.

Texto 1

Desperdício de água
Já diziam nossas avós que sabendo usar, não vai faltar. O velho ditado é cada dia mais atual, assim como a necessidade de utilizar com sabedoria o que temos. A água é um recurso limitado, e o seu desperdício tem consequências. Cada setor da economia, cada fatia da sociedade, tem sua parcela de responsabilidade nessa
história.
                À semelhança da maioria dos países, no Brasil, a agricultura é quem mais consome água – quase 63% do que é captado vai para a irrigação. O uso doméstico é responsável por 18% do consumo, a indústria fica com 14%. Os 5% restantes são usados para matar a sede dos animais de criação. Todos esses consumidores tendem a usar a água de modo abusivo. E não é a qualidade de vida que exige isso. Com um bom planejamento, é possível gerar empregos e movimentar a economia mesmo com pequenas quantidades do recurso. Afinal, para que sejam criados 100 mil empregos em alta tecnologia no Vale do Silício, nos Estados Unidos, são necessários 946 milhões de litros de água por ano. Este mesmo volume criaria apenas 10 empregos na agricultura californiana.

Roça perdulária
                A irrigação é vital para a agricultura na maior parte do planeta e em certas regiões do Brasil. Cerca de 18% das áreas cultivadas globalmente são irrigadas. Contudo, como elas costumam produzir mais de uma colheita por ano, sua participação na produção mundial de alimentos é proporcionalmente maior – até 40%. No Brasil, há 3 milhões de hectares irrigados – é relativamente pouco, dada a área plantada no país, em parte pelos custos envolvidos, em parte porque esta prática só se definiu aqui a partir de 1970. Dependendo da região onde é praticada, a irrigação pode adotar modelos bastante diferentes. Nas regiões Sul,  Sudeste e Centro-Oeste, ela é mais comum em arrozais e plantações de grãos: tem crescido particularmente na cultura de soja do Centro-Oeste. No Nordeste, é praticada com pesado investimento governamental, visando ao desenvolvimento regional, e está concentrado na fruticultura.
                Para enfrentar o desperdício, é necessário ampliar a eficiência da irrigação. Em geral, os agricultores promovem a inundação de seus campos ou constroem canais de água paralelos aos canteiros.
                No Brasil, são comuns os sistemas de aspersão. Dentre eles, está o de pivô central, com uma haste aspersora que gira em torno de um eixo, molhando uma grande área circular. Em todos esses casos, as plantas só recebem uma parte pequena da água. O resto evapora ou/e corre para corpos-d'água próximos. Muitas vezes, isso acaba promovendo erosão, salinização da água ou sua contaminação com agroquímicos.
                Técnicas mais eficientes podem reduzir em até 50% a água necessária. Uma das principais é o sistema de gotejamento – um duto passa ao longo das raízes das plantas, pingando apenas a água necessária.
                Produzir tomates com os sistemas de irrigação tradicionais exige 40% mais água que nos sistemas de gotejamento.

Fábricas com sede
                As indústrias utilizam a água de diversas maneiras: no resfriamento e na lavagem de seus equipamentos, como solvente ou, ainda, na diluição de emissões poluentes. Em termos globais, a indústria é responsável por 22% de toda a água doce consumida. Essa porcentagem é muito maior em países ricos – 59% – e bem menor nos países pobres – apenas 8%. Alguns setores são especialmente perdulários nesse quesito. Um bom exemplo é o aço. Antes da Segunda Guerra Mundial, eram necessárias entre 60 e 100 toneladas de água para produzir uma tonelada do metal. Hoje, com as novas tecnologias, é possível reduzir esse volume a menos de 6 toneladas de água. Entretanto, o consumo ainda é alto quando o comparamos com o de outros setores: a produção de uma tonelada de alumínio gasta apenas 1,5 tonelada de água. Por outro lado, indústrias de muitos países estão conseguindo usar a água com mais eficiência. O Japão é exemplo. Em 1965, o país utilizava cerca de 49 milhões de litros para produzir 1 milhão de dólares em mercadorias. Em 1989, o volume necessário para o mesmo desempenho caiu para 13 milhões de litros.
                No Brasil, a maior parte das grandes indústrias tem programas de reaproveitamento de água, uma vez que ela se torna cada vez mais rara e cara. É o caso da indústria de bebidas Ambev, que conseguiu reduzir o volume captado por suas fábricas em 9 milhões de metros cúbicos anuais.

Lar do desperdício
                De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de quintais, calçadas e carros com mangueiras.
                O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30 litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Umas das mais econômicas consiste numa caixa-d'água com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitário. Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costumam ter um altíssimo nível de consumo.
O ideal é substituí-las por outros modelos.
                O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor – doméstico, industrial ou agrícola – não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.
                Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em inúmeros países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abastecer a cidade de Roma tranquilamente.
Curiosidade:
Água necessária para se produzir 1 kg de alimento:
Água necessária para produzir 1 kg de alimentos
Produto                   Volume (litros)
Carne                      15.000
Frango                      6.000
Cereais                     1.500
Frutas cítricas          1.000
Raízes e tubérculos  1.000

Tecnologia econômica

                Inúmeros equipamentos permitem economizar água em casa ou no escritório, embora nem todos estejam disponíveis no Brasil. Um dia você ainda terá um deles.
                Desligamento automático: existem vários modelos de torneiras para pias e chuveiros que liberam água por apenas 30 segundos, a menos que sejam tocados novamente. Elas são especialmente comuns em clubes e shopping centers, onde o consumo é maior.
                Banheiro de avião: os vasos sanitários instalados em aviões, onde há pouco espaço de estocagem de água, são muito econômicos. Suas descargas usam um sistema de sucção a vácuo, capaz de economizar 80% de água em relação às tradicionais, embora tenha a desvantagem de precisar de eletricidade para a produção do vácuo.
                Descarga de duas marchas: comuns na Europa, são vasos sanitários com dois tipos de descarga, que liberam volumes diferentes de água conforme a necessidade.
Feche a torneira: Todo consumidor de água pode ajudar a economizá-la, abandonando hábitos arraigados.
No banheiro:
• reduza o tempo de banho e economize pelo menos seis litros por minuto;
• encha a banheira só até a metade;
• feche a torneira enquanto faz a barba ou escova os dentes; você economizará de 10 a 20 litros por minuto;
• instale descargas de vaso sanitário de baixo consumo e aeradores nas torneiras (redinhas que se encaixam no bocal). Se a caixa-d'água for acoplada ao vaso, coloque dentro dela uma garrafa plástica cheia d'água e tampada, para diminuir o volume gasto;
• não jogue lixo no vaso;
• não dispare a descarga desnecessariamente;
• não use a mangueira como vassoura – primeiro limpe o local e depois lave.
Na cozinha e na lavanderia:
compre modelos de máquinas de lavar roupas e louça que
consomem pouca água. Só ligue os equipamentos quando estiverem cheios. Prefira usar o ciclo mais curto;
• instale aeradores nas torneiras, que diminuem o volume consumido, porém não a sua eficácia.
No lazer:
• lave o carro ou o quintal com balde, não com mangueira. Se quiser, use dois baldes, um com água e sabão, outro com água limpa.
Por toda a parte:
• feche bem as torneiras. Uma torneira que goteja lentamente perde cerca de 50 litros por dia;
• chame um encanador para que ele elimine todos os vazamentos da casa.
Laura Aguiar, Regina Schart, Marcelo Cipis e Luiz Fernando Martini. Como cuidar da nossa água. Coleção Entenda e Aprenda. São paulo: BEI, 2003.


                                                 Fonte: http://tanahoradepreservar.blogspot.com.br/2011/03/algumas-imagens-de-como-evitar-o.html
Texto 2

Ameaças à àgua

                Escassez – O desenvolvimento desordenado das cidades, aliado à ocupação de áreas de mananciais e ao crescimento populacional, provoca o esgotamento das reservas naturais de água e obriga as populações a buscarem fontes de captação cada vez mais distantes. A escassez é resultado do consumo cada vez maior, do mau uso dos recursos naturais, do desmatamento, da poluição, do desperdício, da falta de políticas públicas que estimulem o uso sustentável, a participação da sociedade e a educação ambiental.
                Desperdício – Resultado da má utilização da água e da falta de educação sanitária. O desconhecimento, a falta de orientação e informação aos cidadãos são os principais fatores que levam ao desperdício, que ocorre, na maioria das vezes, nos usos domésticos,ou seja, na nossa própria casa. Existem também as perdas decorrentes da deficiência técnica e administrativa dos serviços de abastecimento de água, provocadas, por exemplo, por vazamentos e rompimentos de redes. Essas perdas também se devem à falta de investimentos em programas de reutilização da água para fins industriais e comerciais, pois a água tratada, depois de utilizada, é devolvida aos rios sem tratamento, em forma de efluentes, esgotos e, portanto, poluída.
                Estima-se que o desperdício de água no Brasil chegue a 70%. Onde gastamos nossa água?
Em casa – em média, 78% do consumo de água é gasto no
banheiro.
No banho: Um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos de no máximo cinco a quinze minutos economizam água e energia elétrica. Abra o chuveiro, molhe-se, feche-o, ensaboe-se e depois abra para enxaguar, ao invés de passar o tempo todo com o chuveiro ligado.
Na escovação dos dentes: Escovar os dentes com a torneira aberta gasta até 25 litros. Escove primeiro e depois abra a torneira apenas o necessário para encher um copo com a quantidade adequada para o enxágue.
Na descarga: Uma válvula de vaso sanitário no Brasil chega a consumir vinte litros de água tratada quando acionada uma única vez. Aperte apenas o tempo necessário e não jogue lixo no vaso.
Na torneira: Uma torneira aberta gasta de doze a vinte litros/
minuto. Pingando, 46 litros/dia.
Na lavagem de louças: Lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros. O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.
                Na lavagem de carros: Com a mangueira aberta o tempo todo consome-se, em média, seiscentos litros; com balde, aproximadamente sessenta litros.
                A Sabesp calcula que o Estado perde diariamente 40% da água tratada, o que representa cerca de 1,3 bilhão de litros/dia: daria para abastecer duas cidades do porte de Curitiba.

Fontes: Manual do Rio Tietê - Fundação SOS Mata Atlântica, Núcleo-Pró- -Tietê e 5 Elementos - Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental.

                Má utilização – Uma das atividades que mais desperdiça água é a irrigação por canais ou por aspersão, em decorrência de métodos ultrapassados e ineficientes. O não reuso da água para
atividades industriais também é outro exemplo que mais se relaciona ao desperdício e à falta de políticas públicas eficientes de controle e gestão.
Desmatamento – Em áreas de mata ciliar – que protege as margens dos rios, lagos e nascentes – provoca sérios problemas de assoreamento dos corpos-d'água, carregamento de materiais e
resíduos que comprometem a qualidade das águas. Nas áreas de nascentes e cabeceiras, o desmatamento acarreta o progressivo desaparecimento do manancial.
                Sem cobertura vegetal e proteção das raízes das árvores, as margens dos corpos-d'água desbarrancam, ocasionando o transbordamento, enchentes e o desvio do curso natural das águas.
Poluição – Durante séculos, o homem utilizou os rios como receptores dos esgotos das cidades e dos efluentes das indústrias que reúnem grande volume de produtos tóxicos e metais pesados.
Essa prática resultou na morte de enormes e importantes rios – no estado de São Paulo o maior exemplo é rio Tietê que corta o estado de leste a oeste, com 1.100 quilômetros de extensão, seguido dos rios Jundiaí, Piracicaba, Pinheiros e outros bastante degradados e castigados pela poluição. Além da poluição direta, por lançamento de esgotos, falta de sistemas de tratamento de efluentes e saneamento, há a chamada poluição difusa, que ocorre com o arrasto de lixo, resíduos e diversos tipos de materiais sólidos que são levados aos rios com a enxurrada. Ao "lavar a atmosfera", a chuva também traz poeira e gases aos corpos-d'água.
                Nas zonas rurais, os maiores vilões da água são os agrotóxicos utilizados nas lavouras, seguidos do lixo que é jogado nas águas e margens de rios e lagos, além das atividades pecuárias como a suinocultura, esterqueiras e currais, construídos próximos aos corpos--d'água.
                Há ainda os acidentes com transporte de cargas de resíduos perigosos e tóxicos, rompimento de adutoras de petróleo, óleo, de redes de esgoto e ligações clandestinas. Em algumas regiões, as fossas negras e os lixões podem contaminar os lençóis de água subterrânea.
• feche a torneira enquanto ensaboa a louça. Ela desperdiça de 10 a 20 litros por minutos; enquanto uma cuba cheia d'água não gasta mais do que 38 litros, no total;

A crise mundial da água e a desigualdade social

                A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU – Organização das Nações Unidas – fica claro que controlar o uso da água significa deter poder.
                As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais. Em regiões onde a situação de falta d'água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do continente africano, a média de consumo de água por pessoa é de dezenove metros cúbicos/dia, ou de dez a quinze litros/pessoa. Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia.
                Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.
                Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso à água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (38% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água.

Doenças de veiculação hídrica

                Transmitidas diretamente através da água, geralmente em regiões desprovidas de serviços de saneamento: cólera, febre tifoide, febre paratifoide, desinteria bacilar, amebíase ou desinteria amebiana, hepatite infecciosa, poliomielite.
Transmitidas indiretamente através da água: esquistossomose,
fluorose, malária, febre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infecções dos olhos, ouvidos, garganta e nariz.
                Até o ano 2000, relatórios do Banco Mundial apontavam que seria necessário investir US$ 800 bilhões em tratamento e abastecimento de água para minimizar as desigualdades sociais e enfrentar a situação de falta de saneamento básico, como uma importante ferramenta de saúde pública.
                Segundo Martin Gambril, representante do Banco Mundial, o valor econômico da água é fator fundamental na busca do desenvolvimento sustentável. "O caso do Rio Nilo, na África, é o exemplo mais evidente de que o valor da água não é só o econômico e sim uma questão de sobrevivência total. O governo do Egito já declarou ao governo da Etiópia, de onde vem mais de 80% da água do Rio Nilo, que se a Etiópia tirar mais uma gota desse rio, isso seria interpretado como uma declaração de guerra. É o extremo da crise e dos conflitos pelo uso da água".
                A Agenda 21, elaborada durante a Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Eco-92, dedicou um capítulo especial à questão da água, onde preconiza o uso sustentável dos recursos hídricos, orientando todas as nações para a extrema necessidade de recuperar e garantir a qualidade das águas. Porém, passados quase dez anos, o mundo volta a discutir o mesmo tema, pois ainda assistimos à constante degradação dos rios, dos mananciais superficiais e subterrâneos e a padrões não sustentáveis de consumo de água.
<www.rededasaguas.org.br/quest/quest_05.asp>.

Texto 3

É grande o desperdício de água
                Uma pesquisa realizada recentemente pela organização não governamental WWF Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), constatou o que todos nós estamos cansados de saber: é grande o desperdício de água no Brasil.
                O levantamento verificou que são as residências que consomem mais água e que, na sua maioria, esses imóveis pertencem a famílias de maior nível social. Essa prática constitui-se na principal ameaça ao abastecimento no país. O coordenador da Agência Nacional de Águas (ANA), Antonio Félix Domingos, atribuiu o desperdício à ineficiência da administração das companhias estaduais e municipais de abastecimento e ao valor que é cobrado pelos serviços de manutenção. “A água no Brasil ainda é muito barata, por isso as classes mais favorecidas não valorizam. As próprias instituições desperdiçam 40% e esse gasto compromete a oferta em todo o mundo”, justifica Antonio Domingos. O desperdício por parte das classes média e alta desfavorece cada vez mais o consumo das pessoas de baixa renda. Os dados da pesquisa da WWF Brasil apontam que as famílias mais abastadas costumam lavar seus automóveis com a mangueira aberta e o tempo mínimo para finalizar o serviço chega a ser de, aproximadamente, meia hora. Uma torneira aberta costuma gastar cerca de 70 litros de água por minuto.
Cilene Figueiredo. Agência Brasil. http://agenciabrasil.ebc.com.br/
noticia/2008-06-06/desperdicio-ameaca-abastecimento-de-agua-nobrasil-aponta-pesquisa-wwf>. (Adapt.).


ESBOÇO DO TEXTO
a)       tema:
b)       problema (analisar o tema e identificar qual é o problema levantado):
c)        exemplos do problema:
d)       Causas do problema:
e)       Consequências do problema ( cuidado para não confundir com o problema – observar o que o problema vai gerar de conseqüência para a sociedade):
f)        Meta: que resultados quero alcançar ao eliminar o problema (ligado à causa)
g)       Benefícios que os resultados podem trazer (ligado às conseqüências)
h)       O que é que se faz para chegar a esse resultado? (proposta de intervenção- de ação social – não governamental- parte da sociedade civil)

                                         PROPOSTA DE REDAÇÃO

 O equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água. Como a humanidade pode, e deve, enfrentar esse problema?